O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, sendo que ocupa o 1º lugar no ranking mundial de exportação em produtos como açúcar, café, suco de laranja, tabaco e álcool, e o segundo lugar, em soja e milho. Porém, no mercado de orgânicos, ainda é pouco significante.
Mas isto está mudando. No ano passado, por exemplo, a estimativa é de que tenha aumentado em 40% o consumo de orgânicos, em relação a 2009, gerando um faturamento de R$ 500 milhões aos produtores, processadores e certificadores, segundo a Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio).
Neste ano, o crescimento pode ser semelhante, o que deve elevar o faturamento do setor para R$ 700 milhões em 2011. Já a evolução do setor agropecuário tradicional está estimada em 7,4%, segundo a CNA. "O consumidor está demandando mais e o produtor está correspondendo a esta demanda. Ainda é um volume muito baixo, mas a tendência é crescer muito", afirma o presidente da Brasilbio, José Alexandre Ribeiro.
Com o objetivo de gerar visibilidade e disseminar os benefícios dos alimentos produzidos sem agrotóxicos, o Ministério da Agricultura, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e diversas outras instituições, promoveu a 7ª Semana dos Alimentos Orgânicos. O tema da edição deste ano foi "Produtos Orgânicos - ficou mais fácil identificar", com foco na divulgação do selo Produto Orgânico Brasil, que ajuda os consumidores a identificar esses produtos, e da Declaração de Cadastro do Agricultor Familiar, ambos instituídos pelo Ministério.
Em 2011, o mercado deve ganhar um impulso, em função de ter entrado em vigor, a lei que regulamenta a produção de orgânicos no Brasil, segundo Ribeiro. "A regulamentação ajudou a alavancar o mercado. Tanto os produtores quanto o próprio governo estão divulgando o setor e as pessoas estão mais conscientes daquele que é um produto saudável", afirma Ribeiro.
Fonte: Site Globo Rural