Comércio ilegal de animais é tema da semana do meio ambiente no São Francisco

Estima-se que mais de 38 milhões de animais são comercializados ilegalmente.

Uma das aves mais bonitas da fauna brasileira, a Arara Azul é um dos pássaros mais cobiçados no comércio ilegal de animais. Uma espécie pode custar até U$ 60 mil dólares no mercado internacional. Esse e outros casos foram apresentados na palestra "Tráfico de Animais", um dos temas tratados nesta quarta-feira (08/06) pelo analista ambiental Suded Magno, na Semana do Meio Ambiente do Projeto São Francisco.

Ressaltou-se a importância de cuidar dos animais e de denunciar os casos de agressão. "As regiões Nordeste e Norte são as principais rotas do tráfico de animais no país, um negócio que movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano, e, por ser um comércio bastante lucrativo, acaba atraindo muitas pessoas à ilegalidade", observa Sued Magno.

Segundo dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), são retirados anualmente 38 milhões de animais no Brasil, e de cada 10 animais somente um chega ao destino. Eles morrem em decorrência do transporte precário ou porque não conseguem sobreviver fora de seu habitat.

O Brasil é o segundo país no ranking mundial de espécies ameaçadas. Há 218 na lista. "Quando se retira um animal de seu habitat há um desequilíbrio ecológico completo, afetando inclusive a flora. Várias espécies promovem o controle de pragas, a polinização e a dispersão de sementes", detalha o analista ambiental. Quem realiza tráfico de animais comete crime ambiental de acordo com a Lei Federal nº 9605/1998 e está sujeito a pena de seis meses a um ano de detenção e multa em valores que variam entre R$ 500 e 5 mil reais, dependendo da espécie apreendida.

Para combater a ilegalidade, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criou a linha verde 0800 61 8080. Através deste canal qualquer pessoa pode denunciar. A orientação para quem quer colaborar é não adquirir nenhum animal silvestre, não comprar artesanatos ou artefatos com partes dos animais e sempre que presenciar algum tipo de abuso com as nossas espécies, entrar em contato com o Ibama ou a Polícia Militar Ambiental através do 190".

 

Fonte: Site Globo Rural    

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