Programa ABC - Agricultura de Baixo Carbono - ILPF

A redução da emissão dos gases, conhecido como efeito estufa,  no meio rural, é o principal objetivo do Programa ABC, um dos temas que serão abordados no Fórum Contexto Ambiental & Agronegócio, organizado pelo Portal Dia de Campo, no dia 30 de junho, em Uberlândia (MG).

Segundo Derli Dossa, Chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Coordenador do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), esse é um programa do Governo Federal que tem sua origem histórica na reunião de Kopenhagen, em 2009 (a COP 15) onde, a presidenta Dilma Roussef, na época ministra da Casa Civil, colocou, oficialmente, em discussão, ações que deveriam ser feitas no Brasil com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e assumiu alguns compromissos para atingir as metas propostas.

Segundo o Programa ABC, o governo brasileiro deverá desenvolver 12 ações. Entre elas, está uma linha de ação que envolve tecnologias dentro da agricultura. A agricultura é importante na participação em emissão de gases de efeito estufa. O Brasil participa do contexto global como o 14º país emissor. No caso da agricultura, iniciamos um trabalho juntamente com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Casa Civil, instituições não governamentais, conhecidas como ONGs, enfim, toda a sociedade de uma forma direta ou indireta contribui para o desenvolvimento da agricultura brasileira - afirma Dossa.

Nesse sentido, ele explica que foram montados seis subprogramas que têm como objetivo suavizar as ações do efeito estufa a curto prazo. O principal deles é a recuperação de áreas degradadas, onde se fixou uma meta de 15 milhões de hectares recuperados para os próximos 10 anos. O segundo é estimular a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Em uma área de 4 milhões de hectares, pode-se produzir alimentos, plantar florestas com o nascimento das pastagens na sequência e introduzir a pecuária de corte ou a pecuária de leiteira. Com isso, o produtor rural produz alimentos, fibras e carnes.

O terceiro Programa é o próprio plantio de florestas. Todos nós sabemos que a produção de florestas, principalmente eucaliptos e pinos, tem uma grande capacidade de desenvolvimento e captura de CO2 da atmosfera. São 3 milhões de hectares que estarão envolvidos nos próximos 10 anos, onde estão envolvidas também as empresas de celulose de papel - explica Dossa.

O coordenador cita, ainda, um quarto compromisso: o plantio direto na palha. De acordo com Dossa, o Brasil tem hoje 27 milhões de hectares em andamento no plantio direto e teria condições de aumentar em 8 milhões de hectares a área de produção neste sistema conservacionista, o que faria com que as emissões de gases de efeito estufa fossem reduzidas, já que o plantio direto não faz o revolvimento do solo (que libera gases poluentes).

Outra tecnologia envolve a fixação biológica do nitrogênio através de uma bactéria que fica nodulada nas raízes das plantas, principalmente leguminosas, e tem a capacidade de tirar esse elemento da atmosfera, diminuindo o uso de nitrogênio fóssil, que é um grande emissor de gás carbônico. Finalmente, uma tecnologia que vem sendo discutida é a utilização dos resíduos de animais, principalmente suínos e bovinos, para compostagem, afirma.

 

Fonte: Portal Dia de Campo Adaptação: Revista Agropecuária    

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