Cientistas pesquisam solo fértil amazônico

A presença de nutrientes de cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono caracterizam o solo fértil da amazônia.

Em Manaus, Cientistas de 14 instituições de pesquisa, e universidades do Brasil e do exterior vão realizar estudos em solos caracterizados como Terra Preta de Índio (TPI), também chamada de Terra Preta Arqueológica (TPA).

As experiências acontecem no campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, no município de Iranduba, no Amazonas. A pesquisa terá duração de um mês.

Batizada de "Sítio-Escola em Terra Preta de Índio", a atividade teve início na sexta-feira, no centro de treinamento do campo experimental Caldeirão, da Embrapa Amazônia Ocidental. As atividades no campo da Embrapa têm finalidade científica e acontecem por quatro semanas, até o dia 6 de agosto.

Estas atividades no campo da Embrapa estão sendo realizadas através do Projeto Terra Preta de Índio, que integra o Macroprograma  2, da Embrapa, com pesquisas em nível nacional sobre "Efeito das Mudanças Climáticas Globais nos Sistemas Produtivos, Sequestro de Carbono e Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)".

A Embrapa pesquisa os solos de Terras Pretas de Índio, na Amazônia, com o objetivo de criar um modelo de formação e evolução das Terras Pretas de Índio (TPI), focando os estoques e a dinâmica do carbono, fósforo e cálcio. As Terras Pretas de Índio (TPI) são sítios arqueológicos encontrados, principalmente, na Amazônia (dados de pesquisas recentes indicam, também, a existência de Terras Pretas no México e na África).

Na Amazônia, esses solos têm sua origem em povos ancestrais pré-colombianos. Caracterizam-se pelo grande acúmulo de matéria orgânica, apresentam grande disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono, e, por isso, estão entre os solos mais férteis do mundo.

A partir do estudo das terras pretas vem sendo desenvolvidas técnicas para reproduzir semelhante fertilidade, que é o caso do Biochar - produzido a partir da carbonização de biomassa de resíduos orgânicos. "Ressalta-se o ineditismo dessa atividade como uma oportunidade em que cientistas, das mais variadas áreas de conhecimento, estarão juntos trabalhando em um mesmo local com o propósito de conhecer mais profundamente a Terra Preta de Índio.

 

Fonte: Embrapa Amazônia Ocidental  

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