No verão, a incidência de doenças do milho aumenta, devido ao aparecimento de fungos e pragas. Uma forma dos produtores evitarem tais doenças, sem gastar muito e protegendo o meio ambiente é usar do manejo integrado do milho, e como medida inicial usar do tratamento de sementes. Segundo Ricardo Casa, engenheiro agrônomo e doutor em fitopatologia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), as principais doenças que atacam a cultura do milho, no verão, na Região Sul do Brasil, são as podridões do colmo e de espiga, principalmente, no sistema plantio direto, seguidas das doenças foliares.
- Podemos classificar quatro grupos de doenças nas culturas do milho. As primeiras são as doenças relacionadas à germinação e emergência de plantas, provocadas pela deterioração de sementes. Nesse caso, são encontrados fungos na semente e no solo. No sul do país, a situação se agrava em cultivos de solo úmido e frio, tradicionais nas regiões de altitude - afirma o engenheiro agrônomo Ricardo Casa.
As outras doenças muito freqüentes no período do verão são as podridões da base do colmo, as podridões da espiga e as doenças foliares. As podridões ocorrem praticamente no final de ciclo da cultura e vêm agravando na Região Sul em função do plantio direto e da sucessão do cultivo do milho sobre gramínea de inverno, como o trigo e aveia, principais hospedeiros de doenças como a giberela e a antracnose. As doenças foliares ocorrem por causa do favorecimento do tempo chuvoso.
Dentre estas diversas doenças fúngicas do milho uma forma de diminuir muito sua incidência é usando do tratamento de sementes, pelo manejo integrado.
- De modo geral, o sistema de manejo integrado preconiza todas as estratégias de controle disponíveis pela pesquisa, buscando a alta produtividade, diminuindo o custo de produção e protegendo o meio ambiente. As principais estratégias são o uso de sementes sadias e tratadas com fungicidas, em doses eficientes, o que costuma ser feita pela empresa produtora de sementes. Quando ocorre o problema de deterioração de sementes ou plantas emergentes, isso pode estar associado às sementes ou problemas de solo - explica.
Outras estratégias para controle têm-se a escolha da época adequada e profundidade de semeadura, a regulagem da semeadora com relação à população de plantas e a resistência genética, a rotação de culturas no verão e evitar a sucessão de culturas, principalmente em gramíneas que possam ser hospedeiras de patógenos no inverno, além da adubação equilibrada, evitando o excesso de nitrogênio.,
Fonte: Portal Dia de Campo Adapotação: Revista Agropecuária
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