Demanda estimula produtores brasileiros à produzir azeitona e azeite

No Brasil, nova atividade ganha espaço no mercado; é o plantio de oliveiras para produção de azeitonas e azeite. Estima-se que o Brasil, hoje, gasta mais de R$400 milhões de reais só com a importação desses produtos, vindos, principalmente, da Europa e Argentina.

Surge como grande impulso para os produtores a buscar cultivares e conhecimento para aumentar a produção em nosso país.

No Brasil, o  maior produtor de azeitonas é o Rio Grande do Sul, considerado, entre nós, o polo mais desenvolvido, embora seja ainda pequeno seu cultivo que tem-se expandido, também, nos estados do Paraná, de Minas Gerais e São Paulo.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ajudou a disseminar pequenas lavouras, em diversas regiões do estado. Já em São Paulo, um grupo de estudos foi criado para pesquisar a cadeia da oliva.

As oliveiras adaptam-se melhor ao clima temperado, mas já se cultivam na Europa, adaptadas a climas mais quentes, sendo indicadas para o plantio nos solos brasileiros. "Trazemos seis variedades, sendo que a mais cultivada é a Arbequina, originária da Espanha", avalia Gabriel Bertozzi, da Agromillora, única empresa que comercializa mudas de oliveira no Brasil. Pelos cálculos de Bertozzi, são cultivadas cerca de 130 mudas de oliveira por ano no país. A maior parte dessas lavouras vai render sua primeira colheita no próximo ano. "Acreditamos que o Brasil tenha grande potencial para produzir um azeite de qualidade", diz Fernando Rotondo, produtor em Santana do Livramento (RS), que cultivou 12 mil mudas na região.

A nossa grande questão é o clima, mas já se encontram cultivares plantadas na Grécia e  Marrocos que se adaptam a climas quentes. Essas mesmas serão testadas aqui, e adaptadas  ao clima e ao solo brasileiros, favorecendo  o Brasil a desenvolver seu potencial para produzir e sustentar esse mercado, que só tende a crescer, diminuindo as importações e até podendo ser um exportador de azeitonas e azeites de qualidade, no futuro.

 

Fonte: Globo Rural

Adaptação: Revista Agropecuária  

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