Fique atento produtor, é hora de controlar a cigarrinha das pastagens

O início das chuvas é para o produtor um grande alívio, começo de plantio, ou a espera da pastagem verde para soltar o gado. Entretanto, deve-se ficar atento às pragas que começam a aparecer nas culturas, e no caso das pastagens, na cana, no arroz, no milho observa-se a grande vilã que começa a surgir agora, entre os meses de setembro e Outubro; é a cigarrinha das pastagens, que pode trazer grandes prejuízos. E o quanto antes se iniciar seu controle, melhores resultados virão.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia (Porto Velho), José Nilton Costa, geralmente nos meses de setembro e outubro, em que ocorre a eclosão dos ovos, no solo;  resistem às condições adversas do período da seca, dando origem às ninfas, a forma jovem da cigarrinha.

Após a eclosão, as ninfas se alojam na base das gramíneas forrageiras, junto ao solo, onde permanecem envoltas por uma espuma produzida por elas mesmas, até tornarem-se insetos adultos. De setembro a maio, podem ocorrer até cinco gerações de cigarrinhas em Rondônia. O grande problema não está nas ninfas e sim no inseto adulto, pois ao se alimentarem da planta, injeta substâncias tóxicas que podem causar até a morte nos tecidos da planta. Quando o número de insetos é elevado, o crescimento da gramínea é reduzido drasticamente, e a pastagem fica completamente seca, como se fosse queimada.

As alternativas de controle devem-se iniciar o mais cedo possível. O produtor precisa ir ao campo, periodicamente, no período chuvoso, pelo menos a cada 15 dias. Se constatar a existência de 20 a 25 ninfas por metro quadrado, é que se deve começar o controle.  Das formas de controle, tem-se o biológico e o químico. No controle biológico, destaca-se o uso do fungo Metarhizium anisopliae, que encontra condições favoráveis de ação em ambientes com alto índice de umidade. "Outras formas de controle do inseto são a diversificação das pastagens, na propriedade, com a inclusão de gramíneas resistentes às cigarrinhas, e o manejo com o ajuste da quantidade de animais, no pasto, para se evitar sobras de pastagens" conta o pesquisador da Embrapa Rondônia, César Teixeira.

Quanto ao controle químico das cigarrinhas, o uso de inseticidas só deve ocorrer após análise, tanto ecológica, uma vez que demandaria o tratamento de áreas extensas, quanto do ponto de vista econômico, ou seja, do custo resultante do tratamento dessas áreas. Tais limitações podem ser minimizadas por meio da aplicação de inseticidas seletivos, feita em locais de alta incidência da praga, procurando-se atingir uma elevada população de adultos. Lembrando que para o controle químico devem-se usar produtos registrados no MAPA, e seguir, rigorosamente, as medidas de segurança e doses recomendadas pelo fabricante.

  Fonte: Embrapa Rondônia Adaptação: Revista Agropecuária    

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