Sistema de plantio direto cresce no programa agricultura de baixo carbono

O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do governo federal tem como meta incentivar os produtores de todo Brasil a utilizar técnicas sustentáveis em suas propriedades. Para isso possibilitam financiamentos e juros baixos para os produtores que aderirem ao sistema. Neste sistema, produtor e meio ambiente saem ganhando, pois através destas técnicas de manejo, gastam menos para implantar as culturas, não utilizam mecanização bruta, liberando menos gases do efeito estufa. Destas técnicas as mais visadas são o plantio direto sobre a palha, e a integração lavoura pecuária.

O Sistema de Plantio Direto na Palha protege o solo contra erosão, preservando nutrientes e a sua umidade; é vantajoso para a microbiota viva e ainda retém maior quantidade da água da chuva. A técnica é considerada uma ferramenta da agricultura conservacionista, consiste na semeadura feita diretamente na palhada da cultura anterior, ou seja, sem ser necessário revolver as camadas do solo com arados e grades. O revolvimento do solo ocorre apenas na cova ou sulco de semeadura ou plantio. Nesse sentido, é fundamental o uso de modelos de produção diversificados com rotação, consorciação ou sucessão de culturas, além de plantas de cobertura com adequada produção de palhada.

Com o sistema de plantio direto a quantidade de matéria orgânica triplica, de uma concentração de pouco mais de 1% para acima de 3%. O procedimento, além de aumentar a rentabilidade, permite que a cobertura vegetal possa ser mantida por mais tempo, reduzindo o processo de erosão eólica e hídrica e, assim, favorecendo a superfície do solo. Também reduz em até 70% o consumo de combustíveis fósseis por não serem necessárias as práticas convencionais de preparo do solo.

As metas do Programa ABC, para o período 2010/20 são:

1.Recuperação de uma área de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, como manejo adequado e adubação, possibilitando uma redução de 101 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;

2.Adoção do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares, permitindo uma redução de 20 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;

3.Ampliação do uso do sistema plantio direto em 8 milhões de hectares, que passaria de 25 milhões para 33 milhões de hectares, com uma possível redução de 16 a 20 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;

4.Estímulo à fixação biológica, na produção de soja em grãos, de 11 milhões para 16,5 milhões de hectares, atingindo uma redução de 16 a 20 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;

5.Incremento do plantio de florestas econômicas em 3 milhões de hectares, resultando no sequestro de 10 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono. Para dar início ao cumprimento dessas metas o Governo Federal está destinando recursos no valor de R$ 2 bilhões, para o Programa ABC, no Plano Agrícola e Pecuário 2010/11, com limite de financiamento por beneficiário de R$ 1 milhão, taxas de juros de 5,5% ao ano, com prazos de pagamento em até 12 anos e carência de até seis anos, para produtores rurais que adotarem práticas citadas anteriormente, como por exemplo, o sistema plantio direto.

 

Fonte: Globo Rural

Adaptação: Revista Agropecuária

 

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