Tomates ensacados no pé

Uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos, do Rio de Janeiro, pode reduzir os custos do produtor de tomate em até 10% e ainda produz uma fruta sadia, com a possibilidade de até usar uma quantidade adequada de agrotóxicos.

Segundo o engenheiro agrônomo José Ronaldo Macedo, pesquisador da Embrapa Solos, o tomate é um sistema de produção que permite utilizar qualquer cultivar ou variedade. Ele se caracteriza pelo ensacamento das pencas, que garante que o fruto não fique contaminado por pragas nem por resíduos de agrotóxicos.
Esta técnica permite o produtor reduzir o custo em 10% e aumenta ainda a produtividade em 30%, devido ao impedimento de ataques de várias pragas aos frutos como ó caso da broca que pode comprometer em até 50% da produção. Nesta tecnologia também estão incluídos a introdução do plantio direto, envolvendo rotação de culturas, para o solo não ficar contaminado por pragas e doenças que atingem o tomate.

Podem ser usadas na rotação a ervilha e o feijão de corda. Outro ponto é o uso da fertirrigação pelo sistema de irrigação por gotejamento. Na fertirrigação, o produtor fica com o tempo de irrigar e adubar liberado para fazer outros tratamentos - diz Macedo. Em seguida, vem o manejo integrado de pragas. Duas vezes por semana, o agricultor percorre a lavoura, analisando um número pequeno de plantas. Ele anota as doenças encontradas e, ao final do monitoramento, quantifica as pragas. - Se houver necessidade, aplica o inseticida ou fungicida.

O agrônomo da Embrapa Solos destacou que como as pencas deverão estar ensacadas nessa etapa do plantio, os sacos protegem contra a aplicação de defensivos. - E os produtores têm a garantia de que vão colher 100% dos frutos. Segundo Macedo, o agricultor ganha em termos de produtividade com o ensacamento, pelo fato de o inseto não conseguir atingir o fruto. Sem o ensacamento, a perda da lavoura atinge, em média, de 20% a 30%.

Fonte: Agrolink

Adaptação: Revista Agropecuária