Maior lucro e melhor qualidade: tempo para abate de bovinos cai para menos de dois anos

Um novo critério está sendo usado para abate de bovinos nelore. Anteriormente, defendiam que o tempo correto para abate estava entre 36 meses. Hoje, pesquisas apontam que se houver manejo adequado, pode-se abater com 18 a 20 meses, menos de 2 anos, tendo maior produtividade, menos custos e ainda é uma prática sustentável, não degradando o meio ambiente.

Esta antecipação do abate permite melhor uso dos recursos naturais, como solo, água e pasto, ainda melhoram a qualidade do produto, aumentando os lucros para o produtor. É o que diz um projeto que está sendo realizado no Polo Alta Mogiana/Apta Regional, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Este projeto faz parte do " projeto sustentável de bovinos'', realizado pelo pesquisador e da Apta Gustavo Rezende Siqueira e equipe, que tem como principal objetivo mostrar para o produtor que ele pode produzir mais, reduzindo o tempo de confinamento, trazendo vantagens como menor impacto ambiental, e maior eficiência em recria/terminação, resultando em maior quantidade de carne.

O projeto consiste, basicamente, em realizar durante um ano (a partir da desmama), o período de recria, que é a principal fonte de renda do produtor, conta Gustavo. "Nesta fase, ele consegue obter mais lucratividade na arroba produzida." Por isso, a ideia é ajustar o manejo, com foco no bem- estar animal e na nutrição, de forma que esses animais possam expressar o seu potencial de ganho de peso de forma econômica e ecologicamente viável.

Este projeto teve como principal objetivo também a quebra de paradigma, pois segundo Gustavo, "ao alimentar um animal, na época da seca, com as tecnologias de suplementação a pasto, conseguiu-se, ao final da primeira seca após a desmama, um diferencial de duas a três arrobas por animal. Se o produtor mantiver um bom padrão de alimentação nas águas (que significa ganho de peso acima de 800 gramas), essa diferença persiste até a entrada do confinamento''.

"De forma geral, observa-se que a implementação de tecnologias durante recria e terminação é viável, econômica e ecologicamente, porém sempre tem de ser adotada com um padrão crescente - e nunca decrescente. Ou seja, ao iniciar um plano de produção de bovinos, sempre se deve pensar em melhorar a alimentação do animal, e nunca piorar."

  Fonte: APTA Adaptação: Revista Agropecuáira  

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