Faça um confinamento de sucesso

A área restrita para a criação de bovinos, mais especificamente, aqueles que se encontram na fase da produção que antecede, imediatamente, o abate, denomina-se "confinamento".

Ali, os animais são encerrados em piquetes ou currais, onde os alimentos e água necessários são fornecidos em cochos. É preciso que alimentos e água sejam oferecidos com fartura.

As instalações devem ser planejadas de forma ampla e global. A construção ou implementação poderá ser feita em módulos ou etapas, mas é interessante que desde o início sejam previstas todas as áreas e possíveis ampliações, em qualquer dos setores.

Devem-se evitar áreas muito planas ou de grande declive, assim como a proximidade a córregos e rios, que podem ser contaminados com dejetos do confinamento, e áreas com ventos canalizados, pois, caso haja vilas ou cidades próximas, seus habitantes poderão ser incomodados pelo odor dos animais e das fezes. Tem que haver a preocupação com a preservação do meio ambiente.

Para isso, deve-se construir um canal de coleta dos dejetos, além de um centro de manejo dos animais e uma área para a produção e preparo dos alimentos, com água e piquetes-enfermeira, destinados à vacinação, pesagens intermediárias e final, e embarque do gado para o abate.

Para a engorda em confinamento devem ser utilizados animais sadios, de bom desenvolvimento e potencial de ganho em peso.

O manejo dos animais para, ou no confinamento deve ser feito sempre com calma, de forma a evitar o estresse e acidentes. A observação sobre a aparência e comportamento dos animais deverá ser constante, pois qualquer mudança que haja nesses fatores poderá ser indicativo de algum problema.

Animais doentes ou problemáticos devem ser imediatamente apartados para tratamento, retornando ao confinamento (ao mesmo lote de origem) após plena recuperação.

É importante que o tamanho do lote seja compatível com a capacidade de carga dos caminhões de transporte. Por exemplo, se um caminhão puder transportar dezoito bois acabados, um lote poderá ter 36, 54, 72 ou 90 cabeças correspondendo a dois, três, quatro ou cinco caminhões.

Com isso, terminado o período de confinamento, será possível vender todo o lote. Durante o período de confinamento não é recomendável a troca ou mistura de lotes, nem a colocação de novos animais em lotes já formados.

Antes de entrar no confinamento, os animais deverão ser vacinados contra a febre aftosa, o botulismo e os vermifugados e, se for o caso, tratados, também, contra os ectoparasitos, como bernes e carrapatos.

As vacinações, as operações de pesagem, de embarque e transporte dos animais devem ser feitas sempre de maneira cuidadosa, para que não ocorram edemas ou machucaduras que venham a prejudicar o aproveitamento ou qualidade da carne, especialmente a dos cortes nobres do traseiro.

Levando-se em conta que o gado proveniente de confinamentos corresponde a uma pequena parte (cerca de 6%) do total do gado abatido, no Brasil, os problemas que venham a acontecer durante o confinamento irão afetar, principalmente, o produtor.

 

 

Fonte: Rural pecuária

 

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

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