O Brasil é um país com uma grande extração de produtos de origem animal e para esse extenso mercado são necessárias regras para uma produção organizada e métodos unificados visando o bem estar animal e dos futuros consumidores, os humanos. E para fiscalização e instrução sobre tais regras foram criados a Legislação Vigente e o Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal.
A ivermectina tem grande aplicação no controle de endo e ectoparasitas de amplo espectro, derivado das avermectinas. A ivermectina imobiliza os vermes induzindo uma paralizia tônica da musculatura. Após a ingestão oral do comprimido a sua concentração plasmática é próxima a ingerida e ela atinge a concentração máxima em 4 horas. A meia-vida é de aproximadamente 22 a 28 horas e sua maior concentração é no fígado e no tecido adiposo. Baixos níveis de ivermectina são encontrados no cérebro por ser uma droga muito lipossolúvel e normalmente não atravessam em grande quantidade a barreira hematocefálica e são excretados quase que exclusivamente nas fezes em um período de 12 dias.
Devido a sua lipossolubilidade, a ivermectina, apesar de ter uma farmacocinética definida e um prazo aproximado de 12 dias para sua eliminação, esses dados não são totalmente confiáveis, pois drogas que tem grande atração por gordura, são estocadas no tecido adiposo e uma pequena quantidade pode não ser eliminada no prazo adotado, em animais com metabolismo mais lento ou que praticam pouco exercício.
Além do possível retardamento na eliminação desse fármaco, o mesmo estava sendo usado indiscriminadamente e não estava sendo respeitado o período correto para o abate após a vermifugação com a Ivermectina, o que culminou na proibição da mesma.
Por: Stéfany Dias - Revista Veterinária
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