Como evitar a transmissão da Papilomatose em rebanhos bovinos

A Papilomatose é uma doença viral, infecto-contagiosa que acomete várias espécies de mamíferos, principalmente cães, equinos e bovinos. Ela é caracterizada pela aparição de papilomas, ou seja, verrugas na pele e mucosas do animal. Geralmente seu formato é arredondado, lembrando um pouco uma couve-flor, podendo ser aderida por completo no animal ou apenas por uma pequena porção, ficando levemente pendurada. É um tumor benigno que acomete principalmente animais jovens.

Sua transmissão se dá por contato direto de animal para animal, através de ambiente contaminado com resíduos de sangue dos papilomas e materiais como teteiras, seringas e agulhas também contaminadas.

Principalmente por ser uma doença infecto-contagiosa de transmissão direta, é de grande importância seguir à risca uma série de cuidados com todo o gado, sendo de leite ou de corte, diante de um animal infectado.

  • Ser cuidadoso no momento de comprar animais novos para não colocar em contato com os que já possui, em caso deste estar com algum papiloma;
  • Se for encontrado algum papiloma, mesmo que poucos e pequenos, fazer isolamento deste animal;
  • Após o isolamento, manter o ambiente que ele estiver limpo, podendo utilizar desinfetantes a base de formol ou soda cáustica;
  • Esterilizar utilizando a técnica correta, agulhas e qualquer objeto que entre em contato com o animal, como teteiras;
  • Lavar bem as mãos antes e após ordenhar o animal em caso de gado de leite;
  • Não abater o animal infectado;
  • Deixar por último o animal infectado em qualquer procedimento realizado para evitar transmissão aos saudáveis.

O tratamento é realizado pelos cuidados tomados com a higiene preventiva, impedindo disseminação da doença e através de vacinas autógenas, ou seja, preparadas com tecido dos papilomas do próprio rebanho, melhorando sua eficácia se feitas repetidas aplicações, mas isso dependerá da localização das verrugas. O tratamento pode ser realizado por cirurgia de remoção dos papilomas, mas é indicado somente quando há uma pequena área afetada pois é muito traumático, e em casos extremos é utilizada quimioterapia.

 

Fonte: Embrapa Adaptação: Revista Agropecuária    

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