Carrapatos podem aumentar imunidade natural bovina

Uma pesquisa realizada pela Embrapa pecuária Sul mostrou aos produtores que os tão temidos carrapatos podem até ajudar os animais, aumentando sua imunidade natural, contra a tristeza parasitária. Claro que para isso ele deve ser manejado corretamente, pois já se sabe que os ataques de carrapato bovino pode levar a quadros de anemia e enfraquecimento do animal, no que diz respeito a sua imunidade. Com isso, o produtor acaba sofrendo uma queda da produtividade, tanto da carne como do leite. Ao se alimentar, o parasita também libera toxinas no organismo que diminuem o apetite dos bovinos. Além disso, ele também causa lesão no couro, o que afeta sua qualidade e valor no mercado. No entanto, apesar de todos esses problemas que o carrapato pode causar na produção, o produtor deve ter em mente que ele não pode ser eliminado totalmente do rebanho. Ao mesmo tempo que  transmite a tristeza parasitária bovina, promove a imunidade natural contra a doença.

O controle do carrapato é necessário, em épocas mais quentes do ano, já que calor e alta umidade aumentam o desenvolvimento do inseto, informa Cláudia Gomes, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul. Por isso, os produtores rurais devem ter um correto manejo do parasita nestas épocas. "Se não existir um planejamento de controle de reinfestação no campo, a tendência é que essa infestação aumente de forma descontrolada'' - afirma a pesquisadora.

Muitos fatores fazem aumentar a quantidade de carrapatos, no campo, como a circulação de animais silvestres, a introdução de animais no rebanho, o tipo de vegetação, a criação do gado com outras espécies animais, a lotação dos campos, os métodos de controle químicos e não químicos e a resistência do hospedeiro. O manejo dos animais também influencia no controle desses parasitas, como a não utilização de alta população nos pastos. A qualidade da alimentação do animal também é importante porque interfere diretamente na imunidade do organismo. Além disso, o manejo dos pastos merece atenção. Isso porque a maior parte da contaminação está nos pastos. Se o produtor faz um descanso do pasto, ele dá oportunidade para as larvas usarem as reservas nutricionais que têm, ficando enfraquecidas. Com isso, a capacidade de infestar os animais é diminuída - explica Cláudia.

O uso de carrapaticidas e a utilização de predadores naturais, além dos fatores genéticos de resistência natural dos animais são outras medidas que podem ser usadas para controlar a população dos parasitas no rebanho. O carrapato também é transmissor da tristeza parasitária bovina e a imunidade natural contra essa doença se dá pelo contato do animal com o carrapato. Portanto, o produtor deve pensar no controle do carrapato para evitar perdas econômicas sem a erradicação total desse parasita, o que levaria à baixa imunidade dos animais contra essa doença e também provocaria perdas.

 

 

 

Fonte: Portal dia de Campo

Adaptação: Revista Agropecuária

 

   

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