Preço da saca de milho despenca por causa da supersafra mato-grossense

Os preços da saca de 60 quilos do milho despencaram em Mato Grosso, por causa da supersafra. Em média, a saca do cereal está custando R$ 13. Caso o preço caia para R$ 10, os produtores não descartam uma safra 2012/2013 menor, pois o valor não cobre os custos de produção.

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, e produtores reivindicaram, nesta semana, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, a realização de contratos de opção do grão.

Atualmente, das 13,1 milhões de toneladas previstas, já foram comercializadas, antecipadamente, cerca de 50%. Por causa das chuvas atípicas e do aumento da área, os produtores já preveem 15 milhões de toneladas na 2ª safra 2011/2012.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, sustenta que foram apresentados ao ministro os dados da produção 2011/2012 de milho, do Mato Grosso, levantados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse estudo mostra alta de 87,7% na produção frente aos 6,9 milhões de toneladas colhidos na safra 2010/2011.

Carlos Fávaro informa que eles pediram ao governo federal a intervenção nas constantes quedas de preço, pois a superprodução barateou o grão. Por sua vez, o ministro assegurou a compra de 2,5 milhões de toneladas por meio de contrato de opção e, se necessário, a realização de leilões de PEP, para o escoamento do cereal para outras regiões do Brasil, com o intuito de abastecer o mercado interno, principalmente de produção de animais como aves e suínos.

O compromisso do ministro ficou de ser ratificado em uma portaria interministerial que liberaria as aquisições e leilões do cereal. Segundo Fávaro, o preço mínimo da saca de 60 quilos em Mato Grosso era de R$ 13,98 e foi reduzida para R$ 12,60.  Em contraposição a isso, o preço dos insumos aumentou de 25% a 30%. Segundo ele, o valor estipulado pelo representante do governo não cobre o custo de produção.

De acordo com o produtor e vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan, participante da reunião em Brasília (DF), o valor mínimo da saca ideal, para sustentar os preços da produção, deveria ser R$ 15. Segundo ele, o valor mínimo e o pagamento do milho pelo governo federal, ainda não ficou definido, mas ele espera que seja superior aos 2,5 milhões de toneladas, tendo em vista que estão especulando que a safra chegue a 15 milhões.

Para a produtora de Claúdia, Roseli Giachini, a intervenção do governo é necessária, pois o mercado não está correspondendo nas compras. Ela revela que, das 13,4 mil toneladas estimadas a serem colhidas em sua propriedade, 66% foram vendidas antecipadamente há um ano. Em Cláudia a saca é encontrada em média a R$ 13.

Já conforme o produtor de Nova Mutum e vice-presidente Norte da Aprosoja-MT, Naildo Lopes, a estimativa de uma safra recorde está sendo feita desde setembro, mas ainda não tinham obtido resposta do governo. Para ele, o preço mínimo da saca deve se R$ 15, pois a nova legislação dos motoristas irá encarecer o escoamento. E no caso de a saca cair para R$ 10, isso impossibilitará a produção da safra 2012/2013. O custo de produção estimado em maio para o milho é de R$ 1.545,41, 4,6% maior que os R$ 1.456 gastos ao final do plantio da safra 2011/2012, conforme sustenta a Folha do Estado.

 

Fonte: Revista Produz

Adaptação: Revista Agropecuária

 

   

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