O manejo adequado de ovinos envolve muitas práticas e pode resultar no sucesso da produção, por isso, seguem abaixo as práticas mais comuns utilizadas na ovinocultura e que podem servir de pistas ao produtor.
A prática de marcação (ou assinalamento) mais comum é feita sobre a lã, na parte do lombo e da paleta, com tinta removível na lavagem industrial, empregando um ferro de marcação de bovinos. Essa remarcação deve ser feita sempre que a tinta for dissolvida ou enfraquecida pelo sol. No entanto, existem outros meios de marcação, como tatuagens, brincos e chapas de pressão.
A prática de castração, a qual deve ser feita do 15º ao 30º dia, em geral, melhora a qualidade da carne dos animais que irão tardiamente para o abate. Ela pode ser feita por faca, pinça ou torquês, sendo este último o mais indicado, pois evita hemorragia e infecção. Essa prática promove o esmagamento dos cordões espermáticos, rompendo a irrigação sanguínea nos testículos, que perdem suas qualidades e degeneram ou anel de borracha. Vale esclarecer que a castração não é mais utilizada em rebanhos de corte, pois neste o abate deve ocorrer, no máximo, aos seis meses de idade, com peso vivo entre 30-32 kg, porque a castração levaria a uma maior quantidade de gordura, em detrimento do desenvolvimento muscular.
Já a derrabagem, que pode também ser chamada de descola, descaudação ou corte da cauda, tem como objetivo favorecer a estética e a higiene dos animais, uma vez que ajuda a evitar acúmulo de fezes e terra. Essa prática é feita na primavera (setembro), na mesma ocasião em que são assinalados e castrados. A cauda é cortada próximo à base, com medidas diferenciadas para macho e fêmeas, o que facilita a identificação dos sexos. Utiliza-se faca em forma de cunha (aquecida em brasa) ou anel de borracha. Pode-se utilizar o método dos anéis, nas primeiras 30 horas de vida, ou cirurgia até o 100º dia para evitar hemorragia grave.
Por sua vez, o confinamento é uma técnica que apresenta várias vantagens. Com essa técnica há uma menor taxa de mortalidade, pois, quando confinados os cordeiros, praticamente elimina-se o problema de verminose, a principal causa de morte de cordeiros durante a recriação. Além disso, com essa técnica há o máximo aproveitamento da área disponível, pois não há necessidade de reservar uma área para desmame dos cordeiros, que ocuparia 25% da área ocupada pelas matrizes, mas que pode ser utilizada para elevar o número de fêmeas produzindo cordeiro.
Outra questão para o uso dessa técnica é as instalações. Estas são simples, pois se podem utilizar mangueiras, barracões, cercados ou mesmo a própria cabanha. O piso pode ser ripado, cimentado ou de terra, evitando-se, no entanto, a existência de locais onde a água fique empossada e onde nasçam gramíneas. As coberturas totais são desnecessárias. Estas podem cobrir somente a linha de cochos e fornecer alguma sombra aos animais. A área a ser considerada para cordeiros até 30 kg é de 0,60 m² por animal, em instalações totalmente cobertas e 5,0 m² por animal, quando somente a linha de cocho é coberta. Por sua vez, o loteamento, também necessário nessa técnica, deve considerar a homogeneidade, ou seja, lotes com idade e tamanho homogêneos, para diminuir o efeito da dominância.
Fonte: Dorper Porto Azul
Adaptação: Revista Agropecuária
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