Qualidade de pastagens no Brasil sofre redução

A redução na qualidade da pastagem no país é apontada pelo Boletim da Somar Meteorologia.  Apesar de  grande parte dos solos apresentarem teores favoráveis de umidade no país, oferecendo condições para que o pasto possa vegetar com facilidade, o Boletim agrometeorológico da entidade indica que o crescimento das gramíneas deve reduzir, em função da queda nas temperaturas ao longo das noites e madrugadas.

Essa situação faz com que pecuaristas precisem complementar a alimentação do gado com suplementos, para repor perdas com a nutrição natural via pasto. No entanto, apesar dessa redução, de acordo com os meteorologistas, não houve queda acentuada na produção de leite de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Outra situação apontada por especialistas é o índice baixo de animais aptos ao abate, conforme registro em período de safra. Porém, para a atual época de entressafra, o percentual de produtividade é satisfatório. Somente no Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina e em todo o Nordeste, esses índices continuam abaixo do normal, por causa do longo período de seca registrado na região, segundo a Somar.

A expectativa é que no Sul do país, a situação se reverter em breve, em decorrência das chuvas, em grandes volumes e generalizadas em todas as regiões desses Estados, previstas de para o mês de julho. Isso deve elevar os níveis de água no solo, permitindo que os pastos, tanto nativos quanto os de inverno voltem a se desenvolver normalmente.

Já no Nordeste, com o tempo aberto, firme e temperaturas altas e, sobretudo, a elevação dos níveis de água dos reservatórios e açudes, as condições devem se manter desfavoráveis ao desenvolvimento das pastagens nativas. Nessa região, as chuvas devem continuar somente sobre a faixa leste da região, devido aos ventos de leste que sopram a umidade do oceano para o continente.

Considerando que as pastagens nativas são a base para a produção de gado de corte no Brasil Central, particularmente para os rebanhos de cria, é válido acrescentar outra redução na qualidade da pastagem.

Segundo a Embrapa, tanto para a braquiária como para o pasto nativo houve uma redução na qualidade da forragem com avanço na idade da planta. Esse baixo teor, resultante da queda de proteína na pastagem nativa, pode resultar, por um lado, num pequeno aumento da digestibilidade, e, por outro, num marcado aumento no consumo de alimento.

De acordo com a Embrapa, exceto durante pequenos períodos da estação seca, a forragem B. decumbens apresenta qualidade suficiente para suportar taxas de ganhos de peso satisfatório. O valor nutritivo da pastagem nativa é suficiente para promover ganhos de peso somente durante a primeira parte da estação chuvosa, havendo um rápido declínio na qualidade com a maturidade.

Esse declínio na qualidade da pastagem nativa à medida que ela se aproxima da maturidade é acompanhado de baixo consumo por parte dos animais, o que resulta na insuficiência para a manutenção destes, particularmente, durante a estação seca. Diante disso, o consumo de pastagem nativa de baixa qualidade, por possuir baixo conteúdo de proteína, cobra a suplementação com pequena quantidade de proteína, a fim de se promover melhoria no consumo total de alimento pelo animal e, consequentemente, no seu desempenho produtivo.

  Fonte: Embrapa Rural Br Adaptação: Revista Agropecuária      

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