A greve dos fiscais agropecuários, classe que concedem autorizações para abate e transporte de carne, deve prejudicar as empresas produtoras e exportadoras do setor.
Representantes das indústrias produtoras de carne consideram a possibilidade de parar as linhas de produção em dois ou três dias, ameaçando o abastecimento.
A medida se justifica, pois as empresas não conseguem realizar os abates e o escoamento da produção até os portos de exportação. Além disso, há o risco de faltar produto nos supermercados.
Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), observou que "algumas empresas já estão advertindo que se não houver interrupção imediata (do movimento grevista), podem parar linhas de produção". Outro possível ponto é o cessar de abates de animais, provocando o acúmulo destes nas granjas produtoras.
Empresários da área estão considerando a possibilidade de um caos no setor, de haver desabastecimento no mercado interno e impacto nas exportações brasileiras.
O Ministério da Agricultura informou que recorreu à Advocacia-Geral da União para tentar limitar a greve dos fiscais federais agropecuários e assegurar o trabalho de pelo menos 70 por cento dos servidores. Outro ponto é que o ministério está autorizando temporariamente Estados e municípios a realizarem ações de defesa e fiscalização agropecuária, baseado num decreto presidencial assinado em julho, em meio a outras greves de fiscais.
Fonte: TV Terra Viva
Adaptação: Revista Agropecuária
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