Mandiocultura no Mato Grosso do Sul

As atividades ligadas principalmente à agropecuária de exportação no estado do Mato Grosso do Sul (MS) gera grandes receitas econômicas ao Brasil, em especial o cultivo de soja e milho, além da produção extensiva de bovinos.

Novas atividades estão sendo responsáveis por receitas altamente lucrativas, como o setor sucroenergético e a implantação de florestas artificiais.

Por outro lado, setores menos organizados ou desprotegidos, como a mandiocultura, sofrem com estas especializações produtivas, principalmente pela grande valorização da terra.

A área plantada de cana-de-açúcar cresceu 480% e sua produção atingiu elevação de 634%, que representa aproximadamente, 37 milhões de toneladas. As florestas artificiais, em particular o eucalipto, ganhou grande destaque, a ponto da celulose ser atualmente uma das principais pautas de exportação do Estado, aumentando sua área de abrangência em números consideráveis.

A mandiocultura abrange todo o MS com destaques para as regiões de Dourados, Iguatemi e Nova Andradina, cujas produções são voltadas para o processamento industrial, particularmente o de fécula, sendo o Estado importante produtor e exportador nacional.

Mas a disputa por terras, em especial com a cultura da cana é bastante desigual. A oferta diminuiu consideravelmente em certas áreas e em outras, ocorreu uma estabilização das plantações.

Uma possibilidade de mudança desse cenário seria a migração da cultura para outras áreas do estado, mas estas já estão sendo ocupadas por atividades que envolvem o cultivo de eucalipto, além do potencial da seringueira na região, inibindo esse avanço.

Estudos apontam que uma saída para o setor mandioqueiro diante desse quadro seria a inserção da mandioca dentro dos sistemas de produções de cana, eucalipto, dentro outros concorrentes, para o incremento de área plantada, por exemplo, tornando atrativa a produção de raízes na sucessão/rotação na reforma dos canaviais e ser alternativa de consórcio nas áreas ocupadas com as florestas artificiais entre o período que envolve a implantação das árvores até a exploração dessas.

Uma solução também sugerida por estudiosos é a implementação de tecnologias que diminuam a necessidade de mão de obra, atualmente escassa e cara, que além de elevar os custos de produção, sua substituição poderá ser alcançada com a modernização das máquinas e implementos hoje usados, como a plantadora e o afofador e o advento de outras que agilizem etapas dos processos de produção.

E tão importante quanto às questões produtivas é a organização do setor em todos os elos da cadeia produtiva, ponto fundamental para se alavancar políticas públicas que beneficiem e possibilitem novos horizontes à mandiocultura do Mato Grosso do Sul.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Embrapa

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

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