A importação de leite pelo estado do Mato Grosso do sul, registrou aumento de 520% no último semestre, comparado ao mesmo período do ano anterior. De 554 toneladas, o estado alcançou 3.437 toneladas no acumulado de janeiro a junho de 2012. O Uruguai e a Argentina são os responsáveis pelo atendimento da demanda. De acordo com Dário Alves, representante do Conselho Paritário Produtores e Indústrias do Leite (Conseleite), a desvalorização do produto nacional vem ocorrendo devido os baixos valores de alguns derivados do leite, como o queijo mussarela, praticados pelos países vizinhos. Dário lamenta a situação, pois enquanto o preço pago pelo quilo do queijo uruguaio e argentino atingiu uma media de R$ 7, enquanto somente o custo de produção do queijo sul-mato-grossense está em R$ 9. "Não temos competitividade para concorrer".
Medidas emergenciais para o setor leiteiro serão solicitadas aos governos federal e estadual. O Sindicato das Indústrias do Leite de Mato Grosso do Sul, o Sindicato Rural de Campo Grande e a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) organizam um evento intitulado "A Hora do Leite" que está marcado para o dia 14 de setembro, no Sindicato Rural de Campo Grande, voltado ao setor leiteiro e na ocasião será entregue um abaixo-assinado o qual já conta com 4 mil nomes e até o dia do evento são esperadas mais de 8 mil assinaturas, este será entregue aos representantes do governo e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
No abaixo assinado será indicado às condições e expectativas do setor. Uma das expectativas é a retomada de legislação para taxar importação do produto e uma das reclamações é em relação ao custo de produção em função da valorização do aumento das commodities de soja e milho, utilizados para alimentar o gado.
O movimento conta ainda com a participação dos estados do Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Rio de Janeiro.
Fonte: Rural Centro
Adaptação: Revista Agropecuária
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