Mosca nasal das ovelhas

A Oestrose é uma patologia que tem como hospedeiros pequenos ruminantes (ovinos e caprinos). A oestrose, também conhecida como bicho da cabeça ou rinite parasitária, é causada pela fase larval do parasita Oestrus ovis, mais conhecido como mosca nasal das ovelhas. As moscas são encontradas em regiões quentes, sendo sua forma adulta mais ativa no verão, manifestando-se com maior intensidade pela manhã e ao entardecer. São parasitas obrigatórios dos seios nasais de ovinos.

As fêmeas adultas de O. ovis fazem a deposição de larvas nas narinas dos animais e essas larvas dirigem-se rapidamente aos cornetos nasais e frontais, levando a uma rinite parasitária. Estas, por sua vez, se alimentam de tecidos contaminados ou necrosados e secreções durante uns dias, até estarem completamente crescidas, completando o período de parasitismo entre 1 e 9 meses dependendo das condições climáticas. Para se protegerem da ação das moscas os ovinos ficam dispostos em círculos com a cabeça voltada para baixo e para o interior do círculo. Esse incômodo leva a uma queda na ingestão de alimentos, e consequente redução na produtividade dos animais. O grande problema deste parasita deve-se ao fato da sua presença dentro das cavidades nasal e nos seios paranasais provocando uma grande irritação e predispondo ao aparecimento de infecções secundárias.

Os sintomas característicos são: corrimento nasal mucopurulento (ou sanguinolenta), animais inquietos, espirros frequentes, dispneia, cegueira, incoordenação motora, desequilíbrio e andar em círculos, quando as larvas atingem o sistema nervoso central. O desenvolvimento da afecção geralmente é benigno, sendo que os casos de mortalidades são raros, ocorrendo em casos de infecção maciça ou presença de infecção secundária.

A observação de nódulos inflamatórios semelhantes a abscessos, que estejam drenando secreção sanguinolenta ou mucopurulenta e a visualização dos movimentos realizados pela larva na fístula é a maneira mais fácil de diagnosticar a doença.

O tratamento consiste essencialmente por administrar ivermectina aos animais como medida de profilaxia e tratamento. Para prevenção desta patologia devem-se integrar ao sistema produtivo os mecanismos de controle sanitário (vacinas; dosificações de vermífugos como ivermectina, doramectina e vermífugos fosforados; banhos e normas de manejo). Conhecer a biologia do parasita, para que seja possível elaborar táticas de controle que minimizem o contato do parasita com o animal, contribui para um controle apropriado dessa enfermidade.

Fonte: Info Escola

Autor(a): Débora carvalho Meldau

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

 

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