Assim como os problemas de glândula mamária e sistema reprodutivo, os problemas com o sistema locomotor causam muitas perdas econômicas, seja na pecuária de corte ou de leite, sendo a pecuária de leite mais prejudicada pela decorrência do problema.
Com o crescimento da pecuária leiteira e a intensificação da produção dos animais, a fim de diminuir os custos de produção, surgiram situações que se tornaram prejudicais a saúde dos cascos dos animais.
A necessidade de aumentar a densidade animal dos sistemas de produção com o intuito de facilitar o manejo, trouxe com o acúmulo excessivo de fezes e urina nas instalações a proliferação de bactérias nocivas aos animais.
A limpeza das instalações é feita diariamente com o uso da água, isso deixa os cascos mais moles e predispostos a lesões. Com um espaço reduzido de movimentação também há o acumulo de substâncias vasoativas que seriam bombeadas do casco no processo de locomoção. Outro fator que predispõe os cascos a lesões é a falta de local adequado para descanso, fazendo com que os animais fiquem muito tempo de pé, o que leva a liberação de agentes inflamatórios.
A modificação da dieta com o aumento da densidade energética dos alimentos, os animais também ficaram mais propensos ao desenvolvimento de acidose rumenal que libera substâncias que agem na circulação no interior do casco, isso leva a produção de um tecido córneo de baixa qualidade.
Essas alterações, assim como outras, fazem com que o peso do animal fique mal distribuído levando ao desenvolvimento de problemas relacionados ao casco.
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Fonte: CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Agropecuária
