Entenda a importância do escore de condição corporal em vacas

O escore de condição corporal (ECC) é um sistema subjetivo usado para avaliar as reservas de energia corporal em vacas, aferindo o estado nutricional dos animais a partir de avaliação visual e/ou tátil. Essa é uma ferramenta fundamental no manejo, possibilitando a classificação dos animais em função da cobertura de gordura e da massa muscular.

 

Vale reforçar que não basta apenas saber identificar o escore em vacas, mas também identificar a condição corporal adequada para cada estágio da vida do animal. Mas, então, como os produtores devem realizar a avaliação? Confira este artigo e tire suas dúvidas sobre o escore de condição corporal em vacas. Boa leitura!

 

Por que o ECC é importante?

 

O ECC deve ser utilizado rotineiramente nas fazendas, uma vez que, juntamente com outros fatores, dita o manejo alimentar do rebanho. A alteração de peso corporal é uma das principais limitações na melhoria da eficiência reprodutiva em vacas, prejudicando os resultados finais. 

 

Esse escore também é fundamental para que os programas de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) obtenham sucesso no incremento dos índices reprodutivos da propriedade, visto que a importância do manejo nutricional, aliado à sanidade, tem influência sob o melhoramento genético. 

 

Os bovinos passam por diferentes ciclos produtivos e reprodutivos ao longo do ano, acarretando alterações em suas necessidades nutricionais. Vimos que o ECC deve ser feito para se encontrar o equilíbrio entre o manejo alimentar e a viabilidade econômica da atividade, porém sempre buscando a máxima produção aliado ao bem-estar animal.

 

Além de toda sua utilidade, o escore corporal é particularmente útil na parte fértil, pois o objetivo é assegurar que as vacas tenham condição corporal adequada ao parto, para que a ocorrência de problemas fique reduzida. 

 

Avaliação e índices do escore de condição corporal em vacas

 

O escore de condição corporal é avaliado de acordo com a visualização e palpação da deposição de gordura e cobertura muscular de determinadas regiões da vaca. Ao avaliar a condição das vacas, os produtores devem olhar a idade, o tamanho do corpo, a profundidade e o comprimento da gestação e pelo. 

 

Também são observados a quantidade de reservas teciduais, em determinadas regiões do corpo, tais como algumas protuberâncias ósseas. Recebem maior importância durante a avaliação:

 

  • Costelas; 

  • Processos espinhosos da coluna vertebral; 

  • Processos transversos da coluna vertebral; 

  • Vazio; 

  • Ponta do íleo; 

  • Base da cauda; 

  • Sacro; 

  • Vértebras lombares. 

 

O sistema de pontuação de condição, os índices, se destina a fornecer um sistema consistente para quantificar a gordura relativa, independentemente desses outros fatores que criam diferença na aparência das vacas.

 

No caso do gado de leite, a escala mais utilizada é a que vai de 1 a 5, sendo 1 para a vaca extremamente magra e 5 para a vaca extremamente gorda. Já em vacas de corte, o sistema EEC usado varia de 1 a 9. Uma pontuação de 1 indica vacas magras e emaciadas, vacas de EEC 9 são gordas e obesas. 

 

ECC nas diferentes fases do ciclo produtivo das vacas

 

Estudos comprovam que há ativação de diversos processos reprodutivos fisiológicos ao incrementar o peso corporal. Por isso, existem alguns valores considerados ideais em cada ciclo. No parto é recomendado de 3.0 a 3.5. Na etapa de inseminação, 2.5. Já no fim da lactação e no período seco, ocorre uma variação entre 3.0 e 3.5. 

 

Importante reforçar que vacas com escore muito baixo podem apresentar queda na produção, atraso na redução do cio, cetose, torção de abomaso, entre outros problemas. 

 

Já em relação a escores altos, as fêmeas possuem maior probabilidade de apresentarem complicações ao parto, além da diminuição da produção leiteira. Para evitar que isso aconteça, é necessário o acompanhamento frequente das condições do animal. 

 

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Fontes: MilkPoint, Ja Saúde Animal, Rehagro, Beefpoint. 

 

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