Antecipar o plantio de feijão pode trazer maior lucro ao produtor

Estratégia adotada por produtores do sudoeste paulista é de risco, mas tecnificação aumenta chance de sucesso

Na safra 2007/2008 houve aumento da área de plantio, mas o excesso de oferta fez os preços despencarem. De lá para cá, cautela é a palavra de ordem

Produtores de feijão do sudoeste paulista, na esperança de obter preço melhor e recuperar parte dos prejuízos do ano passado, optaram, este ano, por antecipar o plantio da safra das águas, normalmente feito em julho e agosto, para ser colhido em novembro, período em que a grande oferta da leguminosa derruba os preços. "Este ano arrisquei e plantei em meados de junho", diz o produtor Jacobus Johannes Hubertus Derks, da Fazenda Amarela Velha, em Itapeva.

Ele semeou 250 hectares de feijão carioca (pérola e rubi). "Vou colher em outubro e, provavelmente, conseguir um preço melhor pela saca", diz o produtor, acrescentando, porém, que também está plantando agora, para reduzir riscos.

Para o agrônomo Thiago Gomes Camargo, da Capal Cooperativa Agroindustrial, de Arapoti (PR), "o mercado de feijão oscila muito. Em semanas o preço da saca baixou de R$ 150 para R$ 110, R$ 120. Além disso, há o risco de geada para quem planta antes. Mas o produtor que antecipa o plantio normalmente é tecnificado e colhe um feijão de boa qualidade. Se o clima e o mercado contribuem, o agricultor consegue preço bom."

Derks concorda. "O plantio mais cedo é arriscado, pode haver geada, mas a expectativa é boa e o preço compensa o risco." Na região a saca de 60 quilos está cotada em R$ 110 a R$ 120 e, otimista, Derks acredita que, quando estiver colhendo, esse preço deve se manter ou até subir. "No ano passado, a saca estava cotada entre R$ 60 e R$ 70, preço muito baixo para o feijão, uma lavoura de alto risco. É possível para o agricultor que antecipou o plantio conseguir R$ 120", diz Derks.

O produtor espera colher 3 mil quilos de feijão por hectare, produtividade boa para o inverno, época em que o rendimento cai em 10%. A lavoura de Derks é altamente tecnificada - das sementes certificadas à irrigação por pivô central de 100% das plantas e 80% da colheita mecanizada.

 

Fonte: Site Estadão Adaptação: Revista Agropecuária    

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