A irrigação localizada é um método bastante promissor que garante a aplicação de água com eficiência. O sistema consiste em aplicar água apenas em uma parte da superfície do solo, mais precisamente onde as plantas de uma cultura se encontram instaladas.
Apesar da irrigação localizada apresentar atualmente a maior taxa de crescimento no setor, muitos agricultores ainda não sabem quando ela é indicada e acabam perdendo uma oportunidade de alcançar melhores resultados por falta de conhecimento.
Para sanar todas suas dúvidas sobre o método, produzimos um artigo detalhado com as informações necessárias para colocar a irrigação localizada em prática na sua cultura!
O processo de aplicação de água em alta frequência e baixo volume, que busca manter a umidade do solo em níveis elevados, sempre acima da umidade mínima e mais próximo da capacidade de campo, é conhecido na indústria como irrigação localizada. Durante o método são usados dois tipos de emissores.
É considerado um emissor o dispositivo instalado em uma linha lateral de irrigação e projetado para descarregar água na forma de gotas, de fluxo contínuo ou microaspersão em pontos discretos ou contínuos. No caso da irrigação localizada são usados os gotejadores e microaspersores.
Os gotejadores aplicam a água em pontos no terreno, com as vazões baixas e pressão de serviço até 10 mca. Sua função é conduzir a água que se encontra sob pressão dentro da tubulação para o sistema radicular da planta, por meio de gotas. Já os microaspersores fazem a distribuição de água sobre uma pequena área circular ou setorial, onde se encontram instaladas as plantas. Tanto as vazões quanto as pressões são maiores, podendo chegar até 200 L/h por emissor e 10 mca a 20 mca, respectivamente.
Vale reforçar que independente do emissor, ambos precisam ser equipados com elementos especiais, como os filtros, para reter eventuais impurezas da água causadoras de entupimentos.
A irrigação localizada tem como principal característica aplicar baixos volumes de água, buscando manter a umidade do solo em níveis elevados, sempre acima da umidade mínima e mais próximo da capacidade de campo.
Portanto, é necessário levar em consideração alguns fatores antes de optar pelo método. Primeiramente, deve-se saber se a cultura é tolerante ao molhamento do tronco e das folhas ou se é propensa ao desenvolvimento de doenças em ambiente úmido. De maneira geral, o método é adaptável a todas as culturas, desde fruteiras e hortaliças até os cultivos de larga escala, como grãos. Mas, o emissor pode mudar.
A microaspersão, por exemplo, é indicada para culturas que utilizam espaçamento largo, mas que necessitam de grande volume de irrigação. Além disso, é imprescindível conhecer as características físicas do solo e do clima para ajustar o manejo de acordo com elas.
A irrigação localizada é o tipo de sistema que mais se adapta às mais variadas topografias, podendo se ajustar a terrenos irregulares e com obstruções, como rochas e árvores. Além disso, o método também oferece outros benefícios como maior eficiência da água e da adubação, possibilidade de utilização ininterrupta do equipamento, além de maior economia de mão de obra e energia.
Por outro lado, a irrigação localizada requer investimento, já que o custo inicial é mais alto do que em outros métodos. Outra limitação é a possibilidade maior de entupimento devido aos pequenos orifícios de passagem de água. O acúmulo de sais próximo às plantas e a limitação do desenvolvimento do sistema radicular também são desvantagens do sistema.
Vimos que definir o método ideal requer conhecimento de diversas áreas, planejamento e investimento. Por isso, aprender a estabelecer o plano de irrigação adequado para cada tipo de cultura irrigada, reduzindo custos e aumentando a rentabilidade deve ser prioridade no seu negócio. Acabe de vez com suas dúvidas no Curso de Manejo de Sistemas de Irrigação e faça uma gestão adequada!
Fontes: B. G, A.CPT Cursos Presenciais,Universidade Online de Viçosa, F. J, A, Coleção Senar.