Manejo de vacas no pós-parto: dicas e cuidados

O manejo de vacas no pós-parto exige atenção do profissional responsável, uma vez que este período deixa a fêmea mais sensível às mudanças do ambiente, com menos imunidade e mais propensa a distúrbios metabólicos. Infelizmente é no pós-parto que ocorre o maior índice de mortes e descarte de animais. Dessa maneira, o manejo adequado recebe uma função fundamental na pecuária.

 

Considerando as alterações fisiológicas que afetam as vacas nesta fase, os produtores devem conhecer as melhores estratégias e saber aplicá-las para proteger o animal e para alcançar o que é esperado por todos que trabalham na área: conseguir a máxima na produção leiteira. 

 

Veja a seguir algumas dicas e cuidados indispensáveis para se ter com vacas no pós-parto e evite riscos com seu rebanho.

 

Características do período pós-parto

 

O parto é o momento mais estressante de uma vaca. Entretanto, essa etapa não começa somente durante a parição. Dizemos que o período compreende as três semanas antes do parto e as três a quatro semanas após, recebendo o nome de período de transição. 

 

Com a proximidade do parto, o metabolismo da vaca sofre uma série de alterações hormonais, objetivando preparar o animal para o momento. Junto a essas transformações ocorre ainda uma redução na ingestão voluntária de alimentos. Este é um dos problemas mais críticos das vacas nessa fase e um dos aspectos mais importantes do manejo de fêmeas em transição.

 

Uma gestante passará a lactante em breve e isso significa que as mudanças ocorrem num curto prazo de tempo. A demanda por energia para lactação dá um grande salto após o parto, mas a capacidade de ingestão não acompanha tal demanda. Por isso, uma característica comum é haver um grande impacto sobre o desempenho produtivo e sanidade da vaca.

 

Por este motivo, no período imediatamente após a parição o produtor deve garantir à vaca as melhores condições para que ela possa se recuperar adequadamente, focando na prevenção de distúrbios metabólicos. 

 

Cuidados indispensáveis no manejo de vacas no pós-parto

 

Diante de tudo isso, trabalhar com estratégias nutricionais é fundamental para atender às necessidades específicas das fêmeas neste período. Os primeiros dois meses de pós-parto são os mais críticos, especialmente quanto maior for a produção de leite, pois o consumo de alimento é insuficiente para sustentar as necessidades metabólicas, principalmente energéticas.

 

As vacas devem receber água fresca e ter alimento disponível no cocho o dia todo. A dieta deve ser densa em atributos proteicos, fibra efetiva para manter a ruminação, além de suplementação mineral e vitamínica mais intensiva. Vale ressaltar que é necessário se atentar aos carboidratos altamente fermentescíveis, pois podem causar efeito negativo no consumo de alimentos.

 

Aliado à alimentação deve estar também o conforto. No pós-parto a vaca ainda apresenta o úbere inchado, momento em que também ocorre a involução uterina e gera bastante desconforto. É recomendado que ela tenha facilidade de encontrar um lugar para descanso. 

 

Além disso, nesta fase os animais apresentam baixo apetite, menor ingestão de água com risco de desidratação e menor capacidade de disputa. Portanto, o produtor deve considerar um espaçamento mínimo de cocho que facilite o acesso ao alimento, ao consumo e a produção. Algo em torno de 60 cm a 70 cm. 

 

Impor às vacas um ritmo acelerado de produção nesse período inicial da lactação é um risco. Nas primeiras três semanas pós-parto é indicado focar na recuperação hormonal e na saúde das vacas.

 

Como se preparar para o manejo adequado

 

O manejo de vacas no pós-parto pode ser um desafio. Atender a grande demanda do animal nesse período, promovendo bem-estar e assegurando a boa produtividade requer, acima de tudo, saber lidar com imprevistos. Com a baixa imunidade, as fêmeas bovinas se tornam mais suscetíveis, sendo necessário ter um profissional preparado para agir em situações de emergências.

 

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Fontes: Rural Pecuária,  Agroceres, Nutrição e Saúde Animal, 

 

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