Infelizmente as taxas de mortalidade de bovinos no Brasil ainda apresentam números significativos, sendo motivo crescente de preocupação para pecuaristas. O número de mortos é de grande importância econômica em todas as categorias. Por mais que as perdas no rebanho sejam comuns, é fundamental saber reconhecer quando a situação está em nível de alerta.
A taxa de mortalidade em um rebanho também é um indicador do conforto do animal. Ela expõe para o pecuarista que alguma etapa anda comprometida e representa um grande desafio nas fazendas leiteiras. Para evitar os elevados custos da reposição animal, é necessário conhecer as causas que podem levar os bovinos à morte para saber evitá-las.
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As causas de óbito em um rebanho podem advir de diversos fatores. Entretanto, algumas situações acometem animais com mais frequência e merecem destaque.
Uma delas é a contaminação pelo consumo de plantas tóxicas. No Brasil algumas espécies como cipó-preto, samambaia e café-do-mato são conhecidas pela intoxicação em bovinos. Os princípios ativos presentes nessas plantas agem de maneira rápida no organismo do animal e o resultado pode ser fatal.
Os sintomas de intoxicação variam de acordo com a planta ingerida, porém, convulsão, mugidos extremos, quedas súbitas e tremores são alguns indícios. A melhor maneira de evitar esse mal é a prevenção, limitando o pasto apenas em áreas seguras, sem fluxo de novas plantas e também animais peçonhentos.
Além disso, outra situação que colabora para o aumento da taxa de mortalidade de bovinos são as doenças no rebanho:
Conhecida popularmente como “doença da vaca caída”, deixa o animal debilitado. A causa se dá pela bactéria Clostridium botulinum encontrada no lixo, restos de animais mortos e água contaminada. A principal maneira de prevenir é a vacinação.
É uma doença infecto-contagiosa que causa inflamação nos músculos, levando o animal a mancar. Casos mais avançados podem causar a morte. O nome científico da doença é carbúnculo e a vacinação em dia também é a melhor maneira de prevenção.
É uma afecção que ataca o intestino e tem alta taxa de mortalidade na pecuária. Está relacionada a dietas que não são balanceadas, e se agrava com o alto índice de amido. Existem dois tipos: Enterotoxemia Clostridium perfringens tipo C e a Enterotoxemia Clostridium perfringens tipo D. A vacina e o controle da alimentação são as principais formas para evitar.
Bem como a doença anterior, o timpanismo também tem origem na alimentação. A enfermidade é uma das primeiras suspeitas quando o animal fica com estufamento, vive em sistema de confinamento e tem os grãos como base alimentar. Animais com leguminosa na dieta e/ou alimentos ricos em saponina, pectinas ou taninos, também estão sujeitos a desenvolver o problema.
Alguns sinais que demonstram o agravamento do timpanismo são dificuldade ou nenhuma locomoção, aumento de volume na região do abdômen, dificuldade de respirar e a morte.
Além dessas doenças, problemas no parto, enroscamento em cercas e picada de cobra também estão na lista de causas de mortalidade de bovinos.
A maioria dos problemas que levam ao aumento da taxa de mortalidade de bovinos podem ser evitados com ações preventivas de manejo. Todavia, é indispensável que o pecuarista saiba reconhecer os principais riscos e sintomas de situações que podem ter como consequência a perda de um animal.
A melhora do conforto requer investimento e constante treinamento da mão-de-obra tanto para a realização do diagnóstico precoce quanto para agir em caso de emergência. Nesse sentido, um grande aliado é o conhecimento prático em primeiros socorros. Quer aprender como salvar a vida dos animais da sua fazenda? Clique aqui e conheça o curso que vai te preparar para enfrentar qualquer situação!
Fontes: Boi Saúde 1, Boi Saúde 2, Zootecnia Brasil, Milk Point.