Bunge inaugura usina de etanol para abastecer todo Norte e Nordeste do país

A Bunge, empresa multinacional agrícola, vai produzir etanol para abastecer o Norte e o Nordeste brasileiro a partir da unidade inaugurada, em Pedro Afonso, no  Tocantins. Com capacidade de moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o primeiro projeto "greenfield" (construído do zero) da Bunge, foi erguido em uma região pioneira, onde não há outras usinas de cana, num raio de mais de mil quilômetros.

Ao instalar a usina próxima da ferrovia Norte-Sul, a Bunge pretende utilizar a rede ferroviária para levar o etanol até o porto de Itaqui, no Maranhão, de onde seguirá por cabotagem até as regiões consumidoras do Norte e Nordeste. "Esse esforço logístico vai reduzir o custo de transporte em 50%", disse Pedro Parente, presidente da Bunge do Brasil, à Agência Estado. Segundo ele, foram investidos R$ 600 milhões na unidade de Tocantins, construída em menos de dois anos, apenas com recursos próprios - a japonesa Itochu detém 20% do projeto. "Toda nossa cana é própria, e 100% da colheita será mecanizada", disse o executivo. A produção de etanol da nova usina será de 120 milhões de litros. Além disso, a usina Pedro Afonso também produzirá 180 gigawatt/hora de bioeletricidade usando o bagaço de cana, processo conhecido como cogeração de energia. O volume de energia produzido pela usina Pedro Afonso será suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes. Segundo Parente, somente na cogeração, os investimentos chegaram a US$ 20 milhões. A Bunge entrou no mercado sucroalcooleiro em 2008, quando adquiriu 80% da Usina Santa Juliana, em Minas Gerais, e a Usina Monte Verde, em Mato Grosso do Sul, que produz apenas etanol. A consolidação de sua participação neste setor veio no final de 2009, com a aquisição de cinco usinas do grupo Moema, localizadas em São Paulo e Minas Gerais. Com a entrada em operação da Pedro Afonso, as oito usinas da Bunge vão processar 21,5 milhões de toneladas e produzir cerca de 1 milhão de toneladas de açúcar e 1 bilhão de litros de etanol.

Com o crescimento deste setor agroenergético,  os pequenos produtores terão a missão de se reunirem para tirar proveito deste desenvolvimento, buscando criar cooperativas sérias que, verdadeiramente, funcionem, e criar parcerias com essas usinas com o objetivo de se obter desenvolvimento para todos.

Fonte: Agência Estado Adaptação: Revista Agropecuária  

 

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