Produção do etanol de 2ª geração, pode chegar até a dobrar a produção

Um novo método de produzir etanol, cada vez mais usado nas usinas brasileiras é o da produção do etanol de 2ª geração. Utiliza-se o bagaço de cana-de-açúcar para se produzir etanol. As empresas investem em novas tecnologias para produzir este tipo de combustível, buscando meios mais rápidos e baratos para degradar o bagaço, conseguindo até dobrar a produção de etanol.

O etanol de segunda geração tradicional, que está perto da escala comercial, vai transformar apenas as moléculas de seis átomos de carbono (C6) da celulose, em etanol. Num período de uma década, ou talvez menos, será possível produzir também com outra parte da celulose - as moléculas de cinco carbonos (C5).

"Quando se viabilizar comercialmente a conversão de C5 e C6 em etanol, de fato teremos um salto significativo", avalia o gerente geral de produtos do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Luiz Antonio Dias Paes. "Mas o etanol celulósico (de segunda geração) já é um grande salto em si", completa.

O processo é feito por leveduras, assim como há as leveduras que transformam cevada e água em cerveja e as que fazem os bolos crescerem no forno, há aquelas que transformam açúcar e celulose em álcool. É preciso adaptar as leveduras aos caldos em que elas vão ter que "trabalhar", para que sejam resistentes e produtivas.

No Brasil, a produtividade do etanol de cana pode disparar com o uso das moléculas C5 e C6. O bagaço tem cerca de dois terços de celulose e um terço de lignina, uma espécie de cola que mantém as fibras juntas e faz as plantas ficarem de pé. Desses dois terços de celulose, cerca de metade é de moléculas C5 e a outra metade é C6. Por isso, usar os dois tipos de molécula, com eficiência, para gerar etanol significaria uma produção adicional muito maior.

Para se ter uma ideia, basta ver que hoje, cada tonelada de cana-de-açúcar gera em média 80 litros de combustível. No etanol de segunda geração tradicional, usando as moléculas C6 do bagaço, cada tonelada de cana passará a produzir 140 litros de etanol. "Com ótimo sistema, usar C5 e C6 pode elevar esse volume em 50%, no mínimo, sendo conservador", garante Nadimi.

A DSM está trabalhando com a "superlevedura" nos Estados Unidos, onde a palha e as espigas de milho serão as matérias-primas do etanol de segunda geração. Mas devido ao grande potencial do bagaço de cana no Brasil, a companhia pretende trazer em breve os testes para o País.

"A grande vantagem do etanol de segunda geração é usar a mesma infraestrutura já existente. Construir uma nova usina exige grandes obras, terras e mão de obra", explica Nadimi. "É possível aproveitar a terra melhor do que fazemos hoje."

  Fonte: Sou Agro Adaptação: Revista Agropecuária

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