Baixo PIB pode reduzir a taxa de juro de longo prazo, para agricultor

A dificuldade que a economia brasileira vem mostrando em deslanchar e dos dados fracos de atividade do 1º semestre pode ser repercutida em um baixo PIB em 2012, segundo Miguel Daoud, analista financeiro. De acordo com relatório Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira (18.06), analistas agora preveem que a taxa básica de juros do País terminará 2012 em 7,5%, depois de cinco semanas estimando 8%. Para o PIB, o mercado reduziu a previsão de crescimento de 2,53% para 2,3%.

Diante desses dados, os agentes econômicos continuam estimando que o crescimento em 2012 ficará abaixo do fraco desempenho do ano passado, quando a expansão foi de apenas 2,7%. Para 2013, as previsões agora indicam um PIB crescendo 4,25%, depois dos 4,3% da semana anterior.

Diante do ritmo lento da atividade no Brasil, a equipe econômica já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5% do PIB para este ano e menciona algo em torno de 3%. O PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre do ano comparado com os últimos três meses de 2011, mostrando que a economia brasileira ainda patinava. O pior cenário é na indústria, cuja produção registrou a segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2% frente a março.

Para tentar amenizar o problema do fraco crescimento do PIB do primeiro semestre, o governo federal tem se esforçado para fazer a atividade econômica no País voltar a crescer com mais vigor, adotando novas medidas de incentivo.

Para estudar medidas para a área da indústria e da agricultura, o governo reuniu com principais ministros e com presidente do Banco de Desenvolvimento Nacional, em busca de solução para que o PIB anual não fique muito fraco.

Segundo Miguel Daoud, uma das medidas discutidas para a indústria é a redução do preço da energia, pois, atualmente, o Brasil é o país mais caro do mundo em termos de custo de energia. O que de acordo com o analista financeiro, não é justificado, haja vista que o Brasil possui a energia mais limpa e mais barata, que é a energia que vem da água, ou seja, das usinas hidrelétricas.

Daoud acrescenta que, provavelmente, haverá redução no preço da energia elétrica. Além disso, outra medida pode ser o adiamento ou o não recebimento imediato dos impostos das empresas. Ele esclarece que deixar os impostos com as empresas por uns 120 dias para que elas tenham capital de giro, pode permitir-lhes dar prosseguimento nos negócios. Para ele, essas medidas são pontuais, mas mudam e não acabam com as deficiências estruturais do país, como a questão da carga tributária alta, a falta de aeroportos e outras.

Na área da agricultura, segundo o analista, o governo pretende reduzir a taxa de juro de longo prazo, porque o crédito agrícola está concentrado nessa taxa, em 6%. Essa taxa de juro é calculada com base na previsão de inflação futura, e como a inflação prevista pelo Banco Central não é mesma prevista pelo Mercado, ela está em torno de 4%. Isso permite que o Conselho Monetário Nacional, a pedido do governo, reduza a taxa de juro de longo prazo e isso pode ajudar muito o setor agrícola. Segundo ele, essa redução, provavelmente, acontecerá ainda neste mês.

Além dessas, o analista sustenta que o governo tentará fazer outras medidas de investimento, tendo que em vista a Rio+20, o que levará o governo a propor ideias de crescimento sustentável, na tentativa de justificar que o Brasil é um país comprometido com o futuro e com a sustentabilidade.

 

 

 

Fonte: Terra

Adaptação: Revista Agropecuária

     

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