As futuras agrotecnologias da cana

Em tempos de crise, há que se provocarem mudanças para a competitividade e a sobrevivência da indústria canavieira, no Brasil. As mudanças, entretanto, até então, se processavam lentamente, em virtude de dois problemas cruciais: o receio de o setor causar desemprego em massa, e pela incapacidade de a indústria fabricante de colhedoras produzir o número necessário de máquinas demandado pelas usinas.

O setor canavieiro, muito conservador, recebeu, então, um incentivo direto pela pressão política dos ambientalistas, que exigem o fim das queimadas, na pré - colheita.

Assim, aderiu de forma conveniente e rápida à assinatura de protocolos de agenda que preveem, para 2014, o fim das queimadas, no estado de São Paulo, em áreas planas, e em 2017, para áreas em declive.

Os últimos plantios nem sempre foram feitos de forma adequada para a colheita mecânica, existentes no mercado, mas as usinas vêm se adaptando de forma lenta à nova demanda.

Isso contribui para aumentar a capacidade de colheita, condizente com a inovação na indústria da cana-de-açúcar. A séria de inovações tecnológicas desenvolvidas para aumentar a produtividade nos canaviais inclui a enfardadora de fardos 568 que pode ser utilizada para o recolhimento do palhiço da cana, facilitando o uso desse resíduo para a co-geração de energia pelas usinas.

Especialistas apontam, ainda, novas tecnologias de que a cana-de-açúcar deve acelerar o uso. Afirmam, ainda, que o Brasil precisa incorporar o uso de uma enxada rotativa para reduzir o tamanho dos torrões de terra, no preparo do solo, que é ainda muito grosseiro, na tentativa de se adaptar às novas tecnologias, nesse segmento.

Enquanto isso não acontece, efetivamente, as usinas que já fazem a colheita mecânica da cana crua, usam o palhiço para gerar energia elétrica, seja vendendo-o ao sistema elétrico interligado, seja vendendo para agroindústrias próximas. Ou optam pelos sistemas de  plantio direto, formando boa matéria orgânica no solo.

Com a utilização da tecnologia nos canaviais, o recolhimento do palhiço e seu transporte, até a usina, torna-se mais simples e econômico.

A variedade dos tamanhos dos fardos permite a adaptação a formas diferentes de transporte, conforme a logística de cada usina.

O resultado será ganhos significativos de produtividade agrícola-industrial, além de permitir a expansão sustentável da cultura canavieira.

 

Fonte: Revista DBO - Agrotecnologia   Adaptação: Revista Agropecuária  

 

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