Controle de plantas daninhas em pastagens

As plantas daninhas constituem um dos principais fatores responsáveis pela baixa produtividade das pastagens brasileiras. Tanto estas plantas invasoras quanto as forrageiras requerem, para seu desenvolvimento, água, luz e nutrientes e, geralmente, se adaptam ao seu ambiente por meio de uma seleção natural. Além disso, diminuem a qualidade e a quantidade de forragem. Algumas plantas daninhas podem, ao serem consumidas, causar intoxicação, até mesmo, a morte de animais.

Um grande número de plantas daninhas, incluindo árvores, ou arbustos, dicotiledôneas herbáceas, gramíneas e ciperáceas, infesta as pastagens. As árvores e os arbustos, em geral, são perenes, enquanto os demais tipos apresentam ciclos de vida anuais ou também, perenes. Qualquer planta invasora numa pastagem causa problemas e prejuízos, devido à competição por espaço, luz e nutrientes dessas plantas com as forrageiras; portanto, precisam ser combatidas.

Embora as plantas herbáceas sejam mais comuns numa pastagem, os arbustos e subarbustos constituem o principal problema. Como exemplo de plantas arbustivas ou subarbustivas, encontradas nas nossas pastagens, temos: assa-peixe, guanxumas diversas, jurubeba, alecrim, fruta-de-lobo, leiteira, erva-de-rato, urtiga, mata-pasto, unha de-gato, barbatimão, esporão-de-galo, mexerico, ruão etc.

As dicotiledôneas herbáceas são um sério problema em pastagens, pois a maioria não é palatável ou contém espinhos, o que faz com que os animais evitem essas plantas, as quais tendem a aumentar em número, caso não sejam controladas. Como exemplo dessas plantas, temos: diversos cipós, malícia, barbasco, joás, tento, vassouras, mentrasto,samambaia, mamona, carrapichão etc.

As gramíneas se encontram no  mais importante grupo de plantas daninhas herbáceas. Algumas são invasoras, agressivas, de baixo valor forrageiro e são perenes. As mais comuns e de difícil controle são: rabo-de-burro, amargoso, grama-batatais, capim-capeta, capim-oferecido, pé-de-galinha, grama-de-burro, sapé, capim-navalhão etc.

As ciperáceas são comuns em várzeas úmidas, sujeitas a encharcamento, sendo difícil o seu controle. Como exemplo, temos diversas espécies: tiririca, navalha-de-macaco, junquinho, tiriricão etc.

MÉTODOS DE CONTROLE

O objetivo principal do controle de plantas daninhas em pastagens é a manipulação seletiva da vegetação, com a finalidade de evitar a concorrência destas plantas com as forrageiras. A erradicação de muitas espécies torna-se, algumas vezes, extremamente difícil.

Pensando-se em bom manejo da pastagem, é preferível tentar controlar o aparecimento ou o aumento de tais plantas. Os métodos químico (herbicidas) e mecânico têm sido os mais utilizados, dependendo dos tipos e da densidade de plantas a serem controladas. Também a roçagem e o arranquio das invasoras têm sido praticados. A queima, apesar de ser bastante questionada, é muito utilizada. Em alguns países, usa-se o controle biológico, para o qual são utilizados caprinos e ovinos, que são capazes de realizar o controle de muitas plantas de folhas largas, devido aos seus hábitos de pastejo e preferência por determinadas plantas.

O controle mecânico de arbustos, mediante o emprego de correntes e grades pesadas tem dado bons resultados em terrenos planos ou levemente ondulados. O complemento desse método deve ser feito, arando-se o terreno, seguido do plantio de uma gramínea promissora.

 

Autor: Joaquim Rezende Pereira e Wilson da Silva Fonte: Site Embrapa Gado de Leite

 

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