Brasil, o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo, um fato bom ou ruim?

A cada ano, o Brasil consome mais e mais defensivos agrícolas, sendo já o campeão mundial de uso em suas plantações, só do ano de 2010 para 2011 as vendas de defensivos aumentaram 5% sendo gastos mais de 3,4 milhões de reais neste setor. Mas qual é a questão? Será que estamos plantando mais, ou estão surgindo novas pragas e doenças ou se o problema é o manejo dessas terras, será que é necessário mesmo este consumo tão grande, ou podemos usar de uma forma controlada?

Esse crescimento intensivo do uso de defensivos teve início na década de 70, no auge da revolução verde, uma época em que houve a invenção e disseminação de novas práticas agrícolas e sementes modificadas, que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos, possibilitando estas técnicas alimentar mais de 6 bilhões de pessoas na Terra. Mas qual foi o preço disso? Para a própria Terra, onde nunca se usou tanto inseticida como antes, como o famoso DDT que contaminou rios, animais e até o homem, e também o uso indiscriminado de fertilizantes até alterando as características químicas do solo. A verdade é que se deve por na balança o preço que cada um pagou.

O ambiente e a erradicação da fome, que, na verdade, não foi mitigada, muito se produziu, mas poucos tiveram dinheiro para comprar o alimento. E a questão principal é se hoje ainda é necessário usar de tantos fertilizantes e defensivos como antes.

O que devemos mostrar para o agricultor é que ele pode conciliar o uso de defensivos com práticas agrícolas novas que vão fazê-los economizar nos gastos com esses produtos, produzindo mais, e ainda protegendo o meio ambiente. Táticas como o uso do manejo integrado de pragas, que usa de técnicas como o uso de inimigos naturais, armadilhas e diversas outras e ainda o uso equilibrado de inseticidas para conter as pragas e doenças.

Usos de técnicas de cultivo, como o plantio direto, evitando plantas daninhas, e também aumentando a fertilidade do solo. E outras que existem por aí. O importante é tirar este rótulo de grande consumidor de agrotóxicos e fertilizantes mundial, e sim obter um rótulo de maior produtor sustentável de alimentos do mundo, está na hora de uma nova revolução verde, a revolução da sustentabilidade verde.

 

Autor: Lucas Alves Teixeiras Fonte: CPT-Cursos Presenciais  

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