Na última semana, muitas cidades da Serra Gaúcha sofreram grandes prejuízos com a alta concentração de chuvas, algumas até com granizo, tanto na cidade como no campo. O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, pesquisador Lucas Garrido, ao comentar sobre as perdas sofridas pelos agricultores, apresenta recomendações de práticas a serem adotadas pelos mesmos, visando à reparação do que ainda é possível fazer com as plantações:
"Infelizmente, neste ano que prometia uma das melhores safras da história, as chuvas de granizo acabaram com o sonho e esperanças de muitos produtores de uvas, frutas e hortaliças, na região da Serra do Rio Grande do Sul. Os danos sofridos nos vinhedos e pomares variaram entre os produtores, muitos dos quais com perdas de até 100%.
A pergunta na cabeça do produtor é: o que fazer agora, nos vinhedos e pomares?
A resposta a esta pergunta vai depender do grau de dano que o vinhedo sofreu.
No caso de danos altos, com perdas próximas a 100%, os produtores deverão efetuar uma poda de formação, igual à efetuada no inverno passado. A seguir, efetuar aplicação com fungicidas de contato, para a proteção dos ferimentos e cicatrização daqueles, decorrentes do granizo. Uma nova adubação é necessária, para que a planta tenha nutrientes suficientes para a brotação e acumulação de novas reservas, pensando-se na próxima safra.
Já para os vinhedos/pomares que apresentaram um grau menor de dano, a recomendação é a aplicação de fungicidas de contato, para proteção dos ferimentos ocasionados pelo granizo. As frutas danificadas (pêssego e caqui, entre outras) devem receber também uma ou duas pulverizações com fungicidas de contato, para evitar que fungos ocasionem o apodrecimento das mesmas, a partir dos ferimentos.
É importante a manutenção de pulverizações com fungicidas nos vinhedos e pomares, para que as plantas possam manter as folhas e novas brotações com boa sanidade. Sem a produção de novas brotações e folhas, a videira estará mais sujeita a não entrar adequadamente em dormência, no próximo inverno, o que poderá aumentar os problemas de mortes de plantas pelo escurecimento da casca.
Em caso de dúvida, os produtores deverão consultar os técnicos da extensão rural, vinícolas ou cooperativas".
Fonte: Embrapa Uva e vinho
Adaptação: Revista Agropecuária
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