Projeto visa à recuperação da Mata Atlântica

Um projeto da Embrapa Solos, em parceria com a Pesagro-Rio, visa à recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica. O projeto com o nome "Requerimentos Nutricionais de espécies arbóreas da Mata Atlântica, em condições de viveiro", tem o objetivo de identificar os tipos mais tolerantes ao solo de áreas de reflorestamento, com base em estudos sobre a nutrição de espécies nativas, sob condições de estresse químico, gerando recomendações para sistemas de restauração da Mata Atlântica em solos ácidos.

Segundo Jorge Lima, pesquisador da Embrapa Solos, tem-se identificado uma série de problemas com relação à sobrevivência de mudas em projetos de reflorestamento com espécies da Mata Atlântica. Tenta-se, então, identificar as que são mais tolerantes às condições críticas de solo. Várias espécies de diversas famílias são analisadas. Em geral, as leguminosas são mais interessantes, pois fixam o nitrogênio, dispensando, assim, o adubo nitrogenado, um fator crítico de estabelecimento das espécies.

Estudos mostram que algumas espécies se tornam mais abundantes em solos mais deficientes, como diz Lima. Outras se desenvolvem  em solos mais exigentes. Por isso, o projeto realiza testes em viveiro onde é possível controlar a condição de fertilidade.

"Em geral, o plantio das espécies da Mata Atlântica sofre com a degradação do solo devido ao uso da terra pelo ciclo do café e da pecuária, por exemplo. O baixo teor de fosfato e o excesso de alumínio que aparecem junto com a acidez tornam o solo quimicamente inviável. Por isso, procuramos espécies tolerantes ao excesso de alumínio e menos exigentes em termos de fósforo. É importante também fazer um levantamento das pragas que ocorrem na região. Isso tem um custo relativamente elevado. Em segundo lugar, o produtor deve conferir se as espécies do viveiro atendem às condições do local. Do contrário, será preciso investir mais em tecnologia, como o uso de fertilizantes, calcário e espécies leguminosas"- orienta Lima.

O projeto conta, no total, com uma lista de 20 espécies, testando tanto a tolerância ao alumínio como ao fósforo. No entanto, segundo o pesquisador, é preciso tomar alguns cuidados também com o sistema de restauração.

  Autora: Kamila Pitombeira Fonte: Portal dia de Campo Adaptação: Revista Agropecuária  

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