Ao longo dos anos, algumas técnicas de plantio que visam otimizar a produção agrícola e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade, vem ganhando relevância e se expandindo pelo mundo. Entre essas técnicas está, sem dúvida, o Plantio Direto. Essa técnica, também chamada de ‘no-till’, tem sido bem aceita, e somente no Brasil já ultrapassou os 9 milhões de hectares.
De forma geral, trata-se de uma forma de cultivo em que é suprimido o método convencional, por meio do movimento de terra. Ou seja, a semente cultivada em locais com suas próprias características naturais, criando um ambiente ecológico e, ao mesmo tempo, produtivo.
Para compreender melhor o plantio direto, no entanto, é preciso conhecer seus fundamentos básicos antes de abordar suas vantagens e resultados nas plantações. Neste artigo, você vai encontrar uma explicação breve desses fundamentos, bem como das vantagens encontradas e dos resultados do uso de plantio direto como sistema de cultivo. Confira!
Primeiramente, o plantio direto pode ser definido como semear em solo não revolvido. Ou seja, o processo de semeadura das sementes é realizado sem as etapas de preparo do solo, aração e gradagem. Sendo assim, para que a técnica seja executada, o solo deve ser mantido sempre coberto, com vegetação em desenvolvimento ou resíduos vegetais. Essa cobertura garante a proteção do solo contra erosão de água e vento, além dos danos causado diretamente pelas chuvas.
Para o plantio direto, o preparo do solo é mínimo, sendo necessária apenas os sulcos ou covas, que vão receber as sementes. Assim, a semeadura segue para a adubação e aplicação de herbicidas, quando necessário, em aplicação única, tudo isso contando com a cobertura do solo.
Assim, os principais fundamentos para o plantio direto são:
Redução dos processos de preparo do solo;
Uso de herbicidas para combate de plantas daninhas;
Formação e manutenção da cobertura morta;
Rotação de culturas;
Uso de semeadoras específicas.
Por ser uma técnica que oferece ao produtor uma redução dos processos, o plantio direto tem sido visto com bons olhos para a agricultura em geral. Dentro disso, são diversas as vantagens desta técnica, tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente. Entre as principais estão:
O controle dos processos erosivos e das plantas daninhas;
Conservação do próprio solo;
Eliminação de maquinário;
Menor utilização de fertilizantes.
Além disso, os resultados com esse método são obtidos, principalmente, por meio da rotação de culturas, tanto do milho quanto da soja. Contudo, um ponto importante a se destacar é que os processos devem ser feitos por profissionais altamente capacitados e estes devem levar em consideração muitos detalhes e cuidados, especialmente com a cultura do milho.
Aliás, em algumas culturas de milho com plantio direto, tem sido encontrado um menor índice de nitrogênio, apesar do ambiente altamente orgânico. Assim, para suprir esta deficiência, o agrônomo pode incluir no projeto alguma leguminosa ou adubação nitrogenada. Para esta técnica, é importante, ainda, que seja estabelecida uma medida entre as plantas, isso evita que o desenvolvimento da cultura seja comprometido se a densidade for excessiva.Sobretudo quando se trata da umidade, sendo que a quantidade de sementes fará grande diferença neste caso.
Outro ponto está na escolha das sementes que serão utilizadas. Escolher sementes de boa tolerância contra pragas e doenças é, também, outra dica importante para que o cultivo dê resultados. Nesse ponto a capacitação do profissional envolvido neste processo é muito importante, sendo assim, é essencial que este sempre busque novos conhecimentos como forma de aprimorar este ofício.
Interessante como uma simples técnica pode resultar no sucesso da produção quando bem aplicada, não é mesmo?
Por isso, nós da Revista Agropecuária com o intuito de ampliar seu conhecimento trouxemos algumas dicas que podem ser o seu diferencial na qualificação e produção: CLIQUE AQUI E CONFIRA!
Fonte: Embrapa e Grupo Cultivar