A falta de chuvas que castiga o Mato Grosso do Sul resultou em prejuízos na produção animal para pecuaristas da região. É o segundo ano consecutivo que a estação de monta é prejudicada pelo baixo volume de chuvas.
Com a escassez das chuvas não há pasto de qualidade para alimentação adequada das reprodutoras, que ficam magras e fracas. E a maioria dos produtores prefere que caia a taxa de prenhez do que atrasar o nascimento dos bezerros, isso para que não atrase a estação de monta do ano seguinte, já que o nascimento tardio dos bezerros poderia acarretar em nova redução dos nascimentos.
Segundo o médico veterinário e pecuarista Rafael Lima, o clima prejudicou a taxa de prenhez de IATF + repasse em 10%. "Como eu não tenho costume de segurar a vaca no plantel, eu descartei as que não emprenharam", afirma Lima.
Em média, a taxa de prenhez na estação de monta da Fazenda Ronda varia de 85 a até 90%, que satisfaz o pecuarista Rafael. Em 2011, no entanto, o aproveitamento foi de 78%, considerando matrizes nulíparas (novilhas), primíparas (vacas de primeira cria) e multíparas (vacas que pariram mais de uma vez).
"A estação de monta de 2009 pra 2010 foi atípica de boa. As chuvas vieram numa época adequada e o volume foi muito bom. Mas em 2010 e em 2011 foi bem ruim", lamenta o veterinário.
Além de perder com o atraso na estação de monta, o pecuarista também tem um aumento nos custos devido à compra de ração para os animais.
Dessa forma uma opção para o produtor é direcionar os animais para abate. Outra opção é o confinamento do gado, opção bastante usada no período de estiagem.
Fonte: Revista Agropecuária com informações da Rural Centro
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