Um dos problemas para os produtores ao usarem inseticidas biológicos é a falta de vida de prateleira destes produtos, por serem "vivos'' tendem a morrer logo e não agir com eficiência, sobre as doenças e pragas. Entretanto, atualmente, devido a uma pesquisa realizada pela Embrapa e outras instituições, desenvolveu-se uma tecnologia capaz de aumentar esta vida útil dos inseticidas biológicos.
Esta tecnologia, segundo a Embrapa, é baseada em uma técnica específica de empacotamento dos produtos e permite ampliar de quatro semanas para seis meses a validade de pesticidas biológicos à base de fungos. Para testar a tecnologia, foram testados em produtos à base de vários fungos utilizados no Brasil para controle biológico de insetos-praga. Entre eles, está o Metarhizium anisopliae, utilizado para o controle da cigarrinha da cana-de-açúcar e aplicado em mais de um milhão de hectares em todo o país, atualmente, o Beauveria bassiana, usado no controle da mosca branca e da broca do café e os da classe Trichoderma, aplicados em culturas como feijão e soja. Os experimentos avaliaram os produtos a temperaturas superiores a 40 graus durante todo o tempo de armazenamento.
Muitas empresas privadas já demonstraram interesse na tecnologia, o que comprova o interesse do setor em melhorar a qualidade dos produtos biológicos. Espera-se que essa inovação possa contribuir para aumentar a aceitação dos produtos biológicos pelos produtores brasileiros e, assim, colaborar para uma agricultura mais saudável e menos dependente de produtos químicos, segundo o pesquisador da Embrapa, Marcos Faria.
Fonte: Portal dia de campo Adaptação: Revista Agropecuária
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