Capim elefante mais produtivo para alimentação bovina

Está agendado para o mês de março de 2012, o lançamento da cultivar Canará, material genético do capim elefante. A pesquisa desenvolvida pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), selecionou entre os 58 clones testados da gramínea, sendo apenas 14 aceitos, um mais produtivo e adaptado para ser repassado aos produtores pecuaristas.  Os pesquisadores trabalharam desde 1998 com o capim elefante no Estado, mais precisamente no campo experimental da Empaer no município de Tangará da Serra.

No nosso país, a Cana-de-açúcar, rica em energia, mas deficiente em proteína, é o volumoso mais utilizado, cerca de 50%. O capim elefante oferece maior teor protéico, chegando a 16%, o que é fundamental para o bom desenvolvimento do gado de corte e de leite, enquanto a cana atinge o máximo de 4%. Mas por que o menor uso dessa gramínea? Porque oferece maior número de manejo. Observe na tabela abaixo:

TEOR PROTÉICO E MANEJO - CANA-DE-AÇUCAR E CAPIM ELEFANTE

  CANA-DE-AÇÚCAR CAPIM ELEFANTE
TEOR PROTÉICO Máximo de 4% Máximo de 16%
MANEJO 1 corte/ano 5 cortes/ano*

* no período chuvoso, o corte é realizado de 30 a 60 dias. No período da seca, entre 60 a 90 dias.

 

O capim elefante é uma das mais importantes forrageiras de clima tropical, principalmente pela sua fácil adaptação, alta produção de biomassa, elevada concentração de proteína e considerada aceitação pelos animais.

O zootecnista Antônio Rômulo Fava e o pesquisador da Empaer, Francisco Idelfonso Campos, afirmam que a gramínea é a mais produtiva que se tem conhecimento. O capim elefante pode chegar à marca de 300 toneladas de massa verde produzida por hectare/ano, enquanto a cana, cerca de 120 toneladas de massa verde hectare/ano.

O nome da cultivar Canará, de origem Tupi Guarani, que significa planta alta e que se assemelha a cana-de-açúcar, foi escolhido pelos pesquisadores da Empaer e adotada pelos coordenadores do programa.

 

 

 

Fonte: Agromundo

Adaptação: Revista Agropecuária

     

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