Produtores de cacau ganham novo fungicida

Uma doença muito temida, pelos produtores de cacau de todo o Brasil é a vassoura de bruxa, um doença fúngica que já trouxe grandes prejuízos às lavouras. Inúmeras pesquisas foram feitas, na tentativa de criar produtos para eliminar essa doença. Após de muitos anos de teste, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou, em março, um biofungicida chamado Tricovab criado pela Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira ).

O produto Tricovab é um composto feito pelo fungo Trichoderma stromaticum. Ele impede a reprodução da vassoura de bruxa porque paralisa totalmente o fungo que causa a doença. A cada ano, vai-se reduzindo a incidência do fungo da vassoura de bruxa na área pela competição natural proporcionada pelo tricoderb estromáticum. A eficiência chega até 97% no controle da emissão de novos esporos do fungo da vassoura de bruxa, explica o coordenador técnico-cientifico da Ceplac Manfred Müller.

Para se produzir o biofunigicida, inocula-se o fungo em grãos de arroz.  Depois, aguarda-se a sua fermentação e a consequente multiplicação do tricoderb estromáticum na superfície dos grãos.

Para o produtor utilizar o Tricovab na lavoura, ele irá receber os grãos de arroz em uma embalagem de 2 quilos, depositará em uma vasilha, que vai diluir o fungo em água e depois aumentará o volume para 320 litros. Fará, em seguida, a aplicação da mistura nas vassouras secas que foram retiradas, na ocasião da poda fitossanitária ou diretamente nas vassouras secas presas na planta. Mas ele explica que o Tricovab não deve ser a única forma de combate utilizada pelos agricultores e recomenda o controle integrado.

O produtor deve utilizar outros meios para proteger os cacaueiros da vassoura-de-bruxa,  e o principal é o uso de veriedades resistentes. Isso significa que mesmo com a incidência da doença, a planta consegue produzir.

Infelizmente, por enquanto, ainda não existem clones totalmente imunes a esse fungo. Outro controle é o cultural, através de poda fitossanitária. Aconselha-se,  duas ou três vezes por ano, ir à plantação e cortar os ramos secos, em consequência do ataque.

Segundo Manfred  "o controle biológico é mais eficiente do que o químico, porque o fungo parasita presente no Tricovab consegue impedir a reprodução da vassoura de bruxa. A doença pode causar danos de 40% a 100%, se não for controlada direito, porque além dos danos causados na planta, também causa danos no fruto e as amêndoas ficam imprestáveis para a comercialização''

 

 

Fonte: Portal doía de campo

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

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