Chega a reta final de desenvolvimento das lavouras de milho do Mato Grosso (MT), que promete ser a melhor e maior produção de todos os tempos do estado. A projeção da produção é atingir 12 milhões de toneladas, porém, antes mesmo do produtor colher o milho, seu preço já caiu R$5 por saca.
A produtividade das safras passadas 2010/2011, era em torno de 74 sacas por hectare, desse ano deverá passar de 80 sacas por hectare. O pedido de Contrato de opção de Venda ao (MAPA) foi feito ainda em Dezembro, quando o segmento já apostava numa safra positiva, mas nem de longe tinha dimensão do que ela poderia se tornar. "A oferta dos contratos depende de uma portaria interministerial, Fazenda, Planejamento e Agricultura. Neste último está tudo certo, é na Fazenda que emperra. Precisamos convencê-los dessa necessidade", frisa o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Fávaro.
A antecipação do plantio da soja e o clima favorecido, fez com que o produtor então investisse no milho, comprou sementes de primeira linha, adubou e por isso a saca está com o custo médio de cerca de R$12 no Mato Grosso.
A saca que já chegou a R$ 21 passou a R$ 18, R$ 16 e R$ 15, tendo uma margem de lucro para o produtor muito baixa nesse ano.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) define o Contrato de Opção, é como uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural e/ou sua cooperativa o direito - mas não a obrigação - de vender seu produto ao governo, numa data futura, a um preço previamente fixado. Serve para proteger o produtor rural e/ou sua cooperativa contra os riscos de queda nos preços.
A infraestrutura do Mato Grosso é precária, a superprodução pode trazer grandes riscos de estocagem a céu aberto, por falta de armazéns e espaço disponíveis, uma situação que se repetiu nas últimas safras.
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Fonte: Rural Centro
Adaptação: Revista Agropecuária
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