O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), através de financiamentos concedidos, desembolsou R$ 840,9 milhões, no período que compreende julho/2011 a abril/2012, segundo levantamento realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nos dez meses do ano-safra anterior, foram R$ 322,2 milhões em créditos.
Nesse total, quem mais contribuiu com esse desembolso foi o Sudeste, com R$ 322,4 milhões, seguido pelo Sul, R$ 241,6 milhões, Centro-Oeste, R$ 191,1 milhões, Norte, 51,5 milhões e, Nordeste, R$ 34,07 milhões.
Por sua vez, Minas Gerais é o Estado do Sudeste com mais financiamentos, foram R$ 164,2 milhões concedidos aos agricultores, num total de 712 contratos. Em segundo lugar vem o Paraná, no Sul, com desembolsos de R$ 118,8 milhões e 614 contratos. No conjunto de todas as aplicações, os estados do Piauí, Alagoas, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Rio de Janeiro registram níveis mínimos de aplicação.
A baixa procura desses Estados pode ser atribuída à falta de informações dos agricultores sobre a linha de crédito que é concedida para o desenvolvimento sustentável do agronegócio. Apenas o ABC tem R$ 3,15 bilhões disponibilizados para financiamento aos produtores, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil.
O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Assuero Doca Veronez, afirmou, em Brasília, que o fortalecimento do mercado de carbono poderá aumentar a renda dos produtores rurais, condição fundamental para a manutenção da atividade agropecuária. No entanto, pesquisas prévias realizadas conjuntamente pela CNA e pela Embaixada Britânica mostram que, apesar das condições diferenciadas do programa em termos de taxa de juros e de prazos de pagamento e carência, poucos produtores buscam as linhas de crédito por falta de conhecimento a respeito delas.
Fonte: Portal do Reflorestamento
Adaptação: Revista Agropecuária
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