Fatores no manejo de bovinos de corte que influenciam na quantidade e qualidade da produção

O sucesso de uma empresa agropecuária em suas atividade pecuárias depende da adoção de manejos corretos capazes de aumentar a produtividade da fazenda e diminuir perdas, tais como, índices reprodutivos baixos, número de mortes elevadas,  lesões corporais nos transporte dos animais, entre outros.

Além disso, ao adotar manejos adequados para a criação de bovinos, valoriza-se, primeiramente, a separação dos animais por categorias, isso é, por sexo, idade, tipo e função na propriedade, pois com isso proporciona uma diminuição no estresse dos animais que é dado pela competição pelo alimento do coxo ou do pasto, pela água, pelo sal, além de proporcionar um maior controle do número animais na fazenda e dos índices zootécnicos.

A identificação dos animais (a fogo, tatuagem, brincos, correntes, nitrogênio líquido, eletronicamente ou outro método qualquer) deve ser feita para que se possa ter controle de repetições de cio, data da prenhez, provável data do parto, observações quando da Inseminação Artificial, etc., tudo muito bem anotado em fichas.

Quanto às vacas próximas do parto, estas deverão ficar em piquetes denominados maternidade com a finalidade de proporcionar assistência adequada tanto às fêmeas quanto aos bezerros, quando da parição, até que estes estejam em perfeitas condições (sadio e forte). O estado nutricional da vaca no terço final da gestação é de suma importância para um parto de forma sadia e fácil, com bastante leite ao bezerro, e uma rápida recuperação uterina e retorno ao primeiro cio fértil no pós-parto.

Assim que nasce o bezerro deve-se observar se ele mama o colostro da vaca nas primeiras 6 horas de vida, pois este colostro e essencial para a vida futura do animal, caso isso não ocorra ou pela vaca ter o teto grande ou pelo bezerro ser muito fraco deve-se conter a vaca e ajudar a beber o colostro. Vacas com tetos grandes devem ser descartadas do plantel.

Quanto às práticas de desmama (apresentadas com mais detalhe em outro artigo), no caso da desmama precoce, esta é recomendada para períodos de escassez de forragem. Sua finalidade é reduzir o estresse da amamentação e os requerimentos nutricionais da fêmea (principalmente de novilhas), permitindo que estas recuperem seu estado corporal e manifestem o cio. Já a desmama temporária ou interrompida é uma técnica de fácil adoção e empregada para se melhorar a fertilidade de rebanhos de corte. Consiste em separar o bezerro da vaca, por um período de 48 a 72 horas, a partir de 40 dias após o parto. O efeito da interrupção temporária da amamentação promove o aparecimento do cio, podendo aumentar a taxa de concepção das vacas em até 30%. Na desmama Tradicional, a idade de desmama vai depender, portanto, da disponibilidade de forragens e suplementação e da condição corporal da vaca.

Independente da forma de desmama ocorre o estresse, que é causado basicamente pelo efeito cumulativo dos componentes emocional e nutricional e em seguida, submetido a um pasto normalmente amadurecido, pobre em qualidade e com reduzida digestibilidade. Como consequência do estresse de desmama, geralmente ocorre atraso no desenvolvimento do animal, além de ele ficar mais suscetível a doenças e parasitoses. A permanência de algumas vacas chamadas "madrinhas" (formando as creches), junto ao lote de bezerros desmamados, é sempre aconselhável como forma de diminuir o estresse.

Outra questão de manejo de corte é a castração. A castração de machos normalmente ocorre na seca onde a incidência de moscas e outros insetos ou parasitas é menor. Para tanto, o criador deve procurar um Zootecnista ou um Veterinário para saber a melhor época, em cada região, em cada raça ou cruzamento. Independente das condições, o animal precisa estar em perfeita saúde para ser submetido a este manejo. Com o advento de novos medicamentos de ampla eficiência e longa ação, a prática de castração tornou-se mais fácil e menos causadora de prejuízos, porque garantem ao gado castrado mais proteção e ao produtor mais garantias de não perder o gado.

 

 

 

Fonte: Criar e Plantar

Adaptação: Revista Agropecuária

     

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