Criação de ovino e caprino: alternativa para explorar menos terra e garantir a produtividade

O estímulo à caprino-ovinocultura é proveniente do sucesso do agronegócio brasileiro. Esse sucesso tem incentivado muitas propriedades a abrirem espaço para os pequenos ruminantes.

A grande fronteira já está se consolidando nas regiões Centro-Oeste e no Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia, com elevada produção de carnes e grãos. Nessa realidade, o Brasil está produzindo 160 milhões de toneladas de alimentos e os produtores rurais estão aumentando a produção, melhorando a produtividade e economizando terras.

Nesse cenário de produção, milhares de propriedades estão buscando maior racionalidade, que é possibilitada com a produção de carne de cordeiro e de cabrito.

A produção de carne desses pequenos ruminantes tende a imitar o sistema avícola, com um centro beneficiador e uma multidão de fazendeiros ao redor, comprando insumos de forma cooperativada. Isso porque a redução do tamanho das propriedades cobra cada vez mais criação tecnificada e se aproxima dos centros urbanos, facilitando a aquisição de insumos.

Esse é o modelo sustentável que já vai ganhando os necessários contornos, pois estão surgindo dezenas desses sistemas no país, e a maioria com projetos ambientais completos. Para atender regiões distantes, o Ministério já aprovou a planta de um minifrigorífico, de baixo custo, que irá garantir autonomia para núcleos de muitos Estados.

Além disso, a carne de cordeiro atingiu preços jamais vistos na história e abriu um nicho de alta gastronomia, ao mesmo tempo em que os açougues permitiram a inclusão da carne de carneiro nas churrascarias e festas de fim-de-semana.

Dessa forma, em toda direção, a criação de ovinos e caprinos é uma boa solução, para composição de uma melhor renda na propriedade. Vai se chegando, então, ao ponto de consolidação da cadeia produtiva, garantindo vantagens para todos os participantes do melhor negócio da atualidade.

Considerando que, de acordo com alguns estudos, entre 2010 e 2022, a área de lavouras iria crescer 14,9 milhões de hectares, mas só cresceu apenas 9,9 milhões, mantendo mesmo assim um ganho de produtividade de 11,4%, o Brasil está economizando 5,0 milhões de hectares.

Dessa extensão de 9,9 milhões acrescidos, 5,4 milhões serão ex-pastagens, pois a pecuária de corte está intensificando a produção em menos área. Dessa forma, apenas 4,5 milhões de hectares novos serão explorados a mais. O que demonstra que os produtores rurais estão cada vez mais buscando a sustentabilidade na produção.

A estimativa é que até 2022, o crescimento do agronegócio empregará mais 6,0 milhões de pessoas, ou 34% do total de empregos do país, sendo que 50% de tais empregos estarão na área de serviços, fora do campo.  Assim sendo, a população rural cada vez mais diminuirá e buscará especializar-se em atividades mais lucrativas. Dessa dentro dessa necessidade de ocupar menos espaço e aumentar a rentabilidade e, ao mesmo tempo, a sustentabilidade a criação de ovino e caprino representam a solução para a produção.

Fonte: ACCOBA

Adaptação: Revista Agropecuária

     

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