Alta no preço do milho reduz processamento de grãos em usina Flex do MT

A Usimat, primeira usina flex de etanol do Brasil, localizada em Campo de Júlio (Cuiabá), devido à alta dos preços do milho, teve seu plano de utilização plena frustrada. A alta dos preços do milho foi impulsionada pela estiagem que provocou forte queda na produção de grãos nos Estados Unidos. A empresa pretendia usar nesta safra um volume maior de cereais para produzir o combustível, além da cana-de-açúcar. O projeto precisou ser reavaliado e em vez das 100 mil toneladas previstas inicialmente a empresa processará 30 mil toneladas de milho e outras 10 mil de sorgo granífero. A moagem dos cereais começa em novembro, quando termina o processamento das 630 mil toneladas de cana previstas para esta safra.

A expectativa para este ano, em função da colheita de uma safra recorde de 15 milhões de toneladas de milho no Mato Grosso, era que os preço do milho nesta época na região noroeste do estado estivesse em R$ 14 a saca, abaixo dos atuais R$ 20. O diretor da Usimat, Sérgio Barbieri afirma que a alta de preços do milho apenas adiou a utilização plena da usina, que neste ano dobrou sua capacidade diária para processar 900 toneladas de cereais, com investimentos próprios da ordem de R$ 30 milhões.

A usina teve que realizar algumas adaptações, na parte de recepção e moagem da matéria-prima, para o processamento do milho. Equipamentos como caldeiras para geração de energia térmica, colunas de fermentação e destilação, além dos tanques para estocagem do etanol, foram aproveitados. A Usimat nesta safra produzirá 53 milhões de litros de etanol, em partes iguais de etanol e anidro, que serão comercializados no Mato Grosso e no estado da Amazônia. Levando em conta os preços e os rendimentos industriais (85 litros por tonelada de cana e 365,5 litros por tonelada de milho), o custo do litro do etanol de milho é de R$ 1,23 e o de cana, de R$ 1,13. O cálculo não considera os ganhos com a venda do farelo de milho resultante da destilação, que tem alto teor de proteínas.

Segundo o diretor da empresa, o empreendimento é modesto, sem forças para influenciar as cotações no mercado mato-grossense de milho, mas a usina representa uma alternativa para os agricultores nos momentos de excesso de oferta do cereal e depressão nos preços.

 

Fonte: Revista Globo Rural

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

 

 

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