Em MS experiência demonstra que Cana tem maior rentabilidade que pecuária

Durante o 6º Congresso da Cana de Mato Grosso do Sul (Canasul), em Dourados, Luiz Alberto Moraes Novais presidente da Comissão de Agroenergia da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), afirmou que o investimento no cultivo da cana traz maior rentabilidade do que a pecuária.

Experiência realizada em Maracaju sustenta a afirmação, pois, a experiência demonstrou que uma propriedade rural que destina 18% de sua área para produção de cana e 37% para pecuária, tem 34% do seu rendimento financeiro da cana e 18% na pecuária. O estudo foi realizado em propriedade que também investe no cultivo de soja e milho, culturas que demonstraram lucro equivalente ao investido no plantio.

O rendimento dos grãos é proporcional ao investimento do cultivo na área destinada, representando 45% do plantio e 48% do rendimento financeiro da propriedade. "Já o cultivo da cana e da pecuária apresentam resultados desproporcionais. Mesmo em uma área menor, a cana obteve rendimento superior, o que comprova que o setor sucroenergético deve avançar principalmente sobre as áreas antes destinadas exclusivamente à pecuária, gerando, também, ganho ambiental com a recuperação do solo degradado", analisa Luiz Novaes, que é presidente da Fundação MS. O dirigente destacou que, com investimento no setor, o Estado passa a ter sua matriz econômica diversificada, evitando assim maior risco de quebra de produção isoladamente.

Roberto Hollanda Filho, presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado (Biosul), também aposta no crescimento do setor sobre áreas de pastagens. "Com 35 milhões de hectares, Mato Grosso do Sul tem hoje 9 milhões de hectares degradados", lembra Hollanda. Para o presidente, o setor sucroenergético não compete com outras cadeias produtivas no Estado. "Representamos 3% do agronegócio no Estado e a cana veio para somar, não para competir", diz.

A falta de qualificação da mão de obra é um problema que barra o crescimento do setor. Segundo o diretor corporativo da Federação das Indústrias de MS, Jaime Verruck, é preciso melhorar a educação e capacitação da força de trabalho ou corre-se o risco de importar mão de obra. Verruck alega que a escolaridade média do trabalhador sul-mato-grossense é de seis anos. "É um nível muito baixo que dificulta a transmissão do conhecimento técnico. Um aluno de um curso profissionalizante do setor, com essa escolaridade, não consegue acompanhar o nível de conhecimento exigido".

Outro fator que inviabiliza o crescimento do setor é a falta logística de fornecimento de matéria prima para as usinas. "Cada cinco quilômetros de distância entre o produtor e a usina custa R$ 1 real a mais na produção", complementa Ismael Perina, diretor da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro Sul (Orplana).

Fonte: Rural Centro

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

 

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