Exportação pode contribuir para reação do preço do milho

O excesso de oferta interna de milho provocou queda do preço em importantes regiões produtoras do País. A queda dos preços no mercado interno é reflexo da demasiada oferta. Uma alternativa para reduzir a disponibilidade do cereal no ambiente doméstico e provocar reação das cotações do cereal nos próximos meses é a exportação.

De acordo com análise do boletim "Custos e Preços", elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para acompanhar o comportamento dos preços e dos custos de produção das principais commodities agrícolas a estimativa é de que as vendas externas do produto totalizem, em 2012, 19 milhões de toneladas, o dobro do volume exportado em 2011, o que ajudaria a reverter o quadro de redução dos valores pagos ao produtor rural observado em outubro.

No mercado interno, por exemplo, no município de Sorriso (MT), o preço pago ao produtor pela saca de 60 quilos, no mês passado, caiu 4,8% em relação a setembro e 7,7% na comparação com outubro de 2011. Desta forma, diante do cenário desfavorável internamente, as apostas dos produtores brasileiros para obter melhor remuneração pode ser o mercado externo. "Acredita-se que as exportações possam provocar reação dos preços, chegando a 18 milhões ou 19 milhões de toneladas até o final do ano, o que irá reduzir a oferta de produto no mercado interno e os estoques de passagem, dando sustentação aos preços para a próxima safra", diz o estudo.

A possibilidade de suspensão das exportações de trigo por Rússia e Ucrânia é outro fator que poderá contribuir para a reação do preço do cereal, pois aqueceria a demanda internacional pelo milho para a fabricação de insumos como ração. Ainda de acordo com o estudo da CNA, a previsão para os estoques mundiais de passagem do milho para a safra 2012/2013 é de 117,27 milhões de toneladas, queda de 10,7% na comparação com o período 2011/2012. O boletim registrou também, cenário de redução dos preços para a soja em outubro, em razão do adiantamento da comercialização no mercado interno, desacelerando as vendas neste final de ano. Em Londrina (PR), a retração observada no mês passado foi de 9,3% em relação a setembro, enquanto em Sorriso (MT), o valor pago ao produtor pela saca de 60 quilos caiu 8,2% no mesmo período.

Em Londrina (PR), os preços da soja tiveram elevação de 65,4% em um ano, apesar da queda verificada no mês passado, os preços da soja ainda estão mais atrativos em relação a 2011. Em Sorriso (MT), as cotações da oleaginosa em outubro foram 75% superiores aos preços observados no mesmo período do ano passado.

Fonte: Agrolink

Adaptação: Revista Veterinária

 

 

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