Na última sexta (07/12) representantes de setores públicos e privados de produção de energia participaram do 1º Fórum Empresarial do MERCOSUL. O MERCOSUL é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai (que está suspenso do bloco até abril de 2013). Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associados.
O objetivo dos países do MERCOSUL é ampliar o uso de energias renováveis. De acordo com empresários e dirigentes públicos, os países do bloco têm potenciais inexplorados e capacidade de abastecimento para assegurar o desenvolvimento do continente, garantir a soberania e diversificar as fontes energéticas.
De acordo com Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia, o Brasil ainda tem um potencial de aproximadamente três vezes a produção nacional de energia eólica. Segundo ele, de 2002 a 2009, foram instalados no país geradores eólicos capazes de produzir 8 mil megawatts de potência. A energia térmica teve um aumento de 7 giga watts de 2010 a 2012. "Precisamos ter fontes sustentáveis e integrar as matrizes energéticas, avançando no caminho de uma matriz mais sustentável e independente de combustível fóssil", disse Galvão. "A diversidade garante uma base de segurança, se uma falhar, temos mais opções".
Segundo o secretário de Energia do Ministério do Planejamento argentino, Daniel Cameron, a Argentina, pretende sair de 2% de energia proveniente de matrizes renováveis no país para 10% até 2030. No país existe um plano para ampliação do uso de matrizes energéticas mais sustentáveis.
Com a entrada da Venezuela, cuja adesão ao bloco foi anunciada no dia 7, o MERCOSUL confirmar-se como uma das principais potências energéticas mundiais, com 19,6% das reservas mundiais provadas de petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gás recuperáveis de xisto. Com a Venezuela, o MERCOSUL torna-se o detentor da maior reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de barris de petróleo em reservas certificadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Das reservas, 92,7% estão na Venezuela.
A participação do Brasil nas reservas de petróleo do bloco tende a ampliar à medida que os trabalhos de certificação das reservas do pré-sal brasileiro progredirem.
Fonte: Rural Centro
Adaptação: Revista Agropecuária
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