Mercado do leite permanece estável em Santa Catarina

De acordo com o presidente do Conseleite e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Nelton Rogério de Souza "é inédito, no mercado brasileiro, o ano começar com preços em elevação".

No mercado catarinense o ano iniciou com o preço do leite cru em pequena elevação, mas as margens dos criadores estão baixas em razão do aumento dos custos de produção. Os valores de referência dessa matéria-prima calculados pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite), para dezembro, aumentaram 1,6% e, para este mês de janeiro, estão projetados com mais 0,6% de reajuste.

Apesar da elevação dos custos no ano passado o leite foi uma atividade rentável em 2011 e 2012. A pecuária leiteira, ao lado da avicultura e da suinocultura, também sofreu com o encarecimento dos grãos (milho e soja) no mercado interno. Apesar do amplo emprego da produção a pasto, a alimentação animal é suplementada com sal mineral, silagem e rações à base de milho e farelo de soja. No conjunto, a nutrição representa 70% do custo da produção de leite. Depois vem a mão de obra, cujo peso na planilha de custos vem aumentando.

Os preços de referência calculados pelo Conseleite para este mês, considerado o produto apanhado nas propriedades rurais e com Funrural incluso, são os seguintes: leite acima do padrão R$ 0,8325; no padrão R$ 0,7239 e abaixo do padrão R$ 0,6581 por litro. O mercado está praticando preços de R$ 0,80 a R$ 0,92.

Em 2012 as importações de leite continuaram exageradas, incluídos todos os leites em pó, doce de leite e leite modificado, o que lamenta o presidente do Conseleite. O aumento no volume de leites em pó importado resultou de maior demanda das indústrias do Brasil no fim do ano. Com o forte crescimento nas importações, o saldo da balança comercial de lácteos registra déficit de US$ 467 milhões na parcial de 2012. O principal país de origem das importações continuou sendo o Uruguai, representando quase 60% do total do comercializado, seguido pela Argentina, com 38%.

Com o aumento na renda, as famílias brasileiras em 2012 ampliaram o consumo de produtos lácteos de maior valor agregado e de melhor qualidade, o que foi um ponto positivo. Este cenário foi constatado, principalmente, nas classes C, D e E, que também estão dispostas a pagar mais caro por estes itens. Essa tendência foi confirmada por estudo elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP.

O levantamento aponta que na classe C o aumento de 1% da renda gera incremento de 0,4% no consumo e uma elevação de 1,14% nas despesas com estes produtos. Nas classes D e E, o mesmo ganho de 1% na renda amplia o consumo em 0,6% e os gastos em 1%.

Em Santa Catarina o leite é uma riqueza econômica e nutricional. Quinto produtor nacional, o estado gera 2,2 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os 190.000 estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 60% da produção com cerca de 50.000 estabelecimentos rurais.

Fonte: Rural Centro

Adaptação: Revista Agroecuária

 

 

 

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