Retenção dificulta compra no mercado do boi

Compradores relatam dificuldade de compra para algumas empresas em São Paulo, devido ao fato dos pecuaristas estarem retendo as boiadas, de acordo com pesquisa da Scot Consultoria. A escala média de abate no Estado atende quatro dias úteis, mas alguns frigoríficos têm apenas dois dias de programação.

A referência para o boi gordo em São Paulo ficou estável em R$ 97,00/arroba, à vista, no fechamento de quinta, dia 31. Em curto prazo, o boi gordo deve permanecer sustentado pelo possível incremento no consumo, com a virada de mês e festividades que se aproximam, em conjunto com a oferta regulada de animais terminados.

Ainda de acordo com a Scot Consultoria, o mercado de reposição está lento em boa parte das praças pesquisadas.

Na Bahia, assim como no Maranhão as chuvas ainda não se regularizaram. No Tocantins e no Pará, o volume de chuvas está bom, o que fez com que a demanda melhorasse nesses Estados. A categoria mais procurada é o bezerro.

Devido à qualidade das pastagens, que não é ideal, em Minas Gerais, o volume de negócios ainda é pequeno. Em Goiás, as pastagens ainda estão em recuperação. A oferta de animais está boa, principalmente de fêmeas, mas com demanda comedida.

A procura diminuiu em Mato Grosso do Sul em relação à semana anterior, devido à diminuição das chuvas, que já começa a afetar as pastagens, principalmente na região sul do Estado. O mercado do boi gordo pressionado também colaborou para a redução.

A procura está boa em Rondônia, mas as tentativas de preços abaixo da referência pelos compradores travam o mercado. A situação das pastagens permite que o produtor espere por preços melhores.

No geral, mercado ainda lento e sem tendência definida, dependendo muito do comportamento do mercado do boi gordo e da melhora da situação das pastagens de algumas praças.

Fonte: Pecuária Rural

Adaptação: Revista Agropecuária